Artigo Nº 20, Tav-Shin-Nun, 1989/90
O versículo diz, "Quando contares as cabeças dos filhos de Israel para os enumerar, cada um deles dará um resgate pela sua alma ao Senhor, quando os numerares e não haverá praga entre eles quando os contares. É isto que eles darão: meio shekel no shekel da santidade. Os ricos não darão mais e os pobres não darão menos que meio shekel, para fazer uma contribuição ao Senhor, para expiarem as suas almas."
Devemos enteder o que insinua para nós no trabalho especificamente um meio shekel e não um quarto ou um terço de shekel, onde a questão inteira é saber o número de Israel. O que insinua especificamente o meio shekel para nós? Também, por que está escrito, "Os ricos não darão mais e os pobres não darão menos"? Até a pequena criança entende que se tirarmos de alguém menos ou mais não saberemos o número de Israel. E também, qual é o sentido de "não haverá praga entre eles"?
É sabido que o propósito da criação do mundo foi porque Ele deseja fazer o bem às Suas criações. Contudo, para que este bem fazer seja completo, ou seja não tenha qualquer vergonha nele enquanto recebendo o deleite e prazer, uma correcção tomou lugar, chamada Tzimtzum [restrição] e ocultação. Significa isto que antes que a pessoa consiga direccionar suas acções para serem em prol de doar, eles não sentirão o deleite e prazer senão quando se engajam em Torá e Mitsvot isso seja em prol de trazer contentamento ao Criador.
Posteriormente, quando ele tiver vasos de doação, o deleite e prazer achados como depósito na Torá e Mitsvot serão revelados. Nessa hora ele receberá o deleite e prazer que estava no pensamento da criação e para o qual Ele criou o mundo.
Uma vez que o homem foi criado por natureza para desejar somente para seu próprio benefício, onde pode a pessoa trabalhar na intenção de doar sobre o Criador? Isto é considerado que a pessoa se esforça a si mesma em todos os tipos de trabalhos de modo a agradar ao Criador, uma vez que o corpo questiona, "Que ganharás se o Criador desfrutar?" Tu deves fazer coisas que tu desfrutas e por que nos disseram nossos sábios, "Todos teus trabalhos devem ser pelo bem do Criador?" Como podemos nós fazer algo contra a natureza?
O corpo também questiona, "Por que deve o Criador se importar se as criaturas trabalham para si mesmas, ou seja que elas desfrutem? Afinal, Seu desejo é deleitar Suas criações." Sucede-se que por um lado, o homem pode desfrutar da vida, ou seja trabalhar para seu próprio bem, que é natural. Por outro, diz-se que o homem não deve andar segundo a natureza na qual ele nasceu, mas deve trabalhar pelo bem do Criador.
E por muito que possamos explicar com todos os tipos de respostas, o corpo não consegue entender isto. Embora por vezes o corpo concorde que é vantajoso trabalhar pelo bem do Criador, na prática, quando o corpo esbarra com algo que tenha prazer e que tem de abdicar disso porque isso vai beneficiar somente ao Criador, o corpo escolhe o seu benefício pessoal e abdica do benefício do Criador.
Portanto, obtemos duas coisas disto: 1) Uma vez que devemos acreditar nas palavras de nossos sábios que devemos fazer todas as coisas pelo bem do Criador apesar do corpo não entendê-lo depois de todas as explicações que lhe demos, nossos sábios disseram e também Maimónides determinou na prática (Hilchot Teshuvá, Capítulo 10), “Portanto, quando ensinando aos pequenos, mulheres e pessoas incultas, eles são ensinados a trabalhar somente por temor e em prol de receber recompensa. Até que ganhem conhecimento e adquiram muita sabedoria, lhes é ensinado esse segredo pouco-a-pouco.”
A questão é, o que é, "Até que eles ganhem conhecimento e adquiram muita sabedoria?" Ou seja, o que é "sabedoria" e o que é "muita sabedoria," para que saibamos como determinar quando nos é permitido lhe revelar esse segredo a ele pouco-a-pouco.
No princípio do trabalho do homem, devemos dizer para o corpo que é vantajoso abdicar dos prazeres corpóreos, que são somente uma "luz minúscula" em comparação com o deleite e prazer que se encontram na Torá e Mitsvot [mandamentos/boas acções]. Sucede-se que na medida que ele acredita e que a fé ilumina para ele, o corpo concorda substituir um pequeno prazer por um maior. Tal como na corporalidade, quando a pessoa faz o seu esforço, a recompensa que ela adquire pelo seu trabalho e que lhe é dado em prol de obter alimentos para sustentar seu agregado, uma vez que ele tem mais prazer quando compra consumiveis para seu agregado com o dinheiro que mereceu através do trabalho.
Também, na medida que a fé ilumina para ele e ele sente que ela lhe dará mais prazer para se engajar na Torá e Mitsvot, ele consegue abdicar dos prazeres corpóreos em prol de obter maiores prazeres. Contudo, por vezes a pessoa recebe uma descida na fé com a qual ela será recompensada. Nessa hora, é difícil para ela conceder os prazeres corpóreos. Todavia, se ela zelar por si mesma e estiver num bom meio ambiente, o corpo não resiste a este trabalho porque isto não é considerado contra a natureza, uma vez que ela diz que irá receber uma recompensa maior, ou seja maior prazer da observação de Torá e Mitsvot. Sucede-se que esta razão é uma forte razão que consegue obrigar a pessoa a abdicar dos prazeres corpóreos que a Torá proibiu e tudo em prol de receber maiores prazeres.
2) Uma vez que o homem tem de chegar a um estado onde "Todas tuas obras devem ser pelo bem do Criador," ou seja contra a natureza e isto é para o propósito da correcçãod a criação, que é para as criaturas serem capazes de receber o deleite e prazer sem vergonha, uma correcção foi colocada onde a pessoa deve visar para que todo seu prazer seja somente pelo bem do Criador. Ou seja, que o Criador desfrute do prazer da criatura, uma vez que foi este o propósito da criação. Porém, às vezes o corpo sente que é impossível que com o mesmo intelecto e entendimento com o qual ele havia começado a fazer o trabalho sagrado, ele constantemente esteja no mesmo intelecto e não progrida, mas somente em quantidade.
Quando ele começa a questionar isto, isto é considerado aquilo que questionamos, O que é "sabedoria" e o que é "muita sabedoria"? "Sabedoria" significa que ele já observa Torá e Mitsvot. "Muita sabedoria" significa que ele quer entender o sentido da Torá e Mitsvot, a que estado deve ela trazer a pessoa. Isto é chamado "intenção," que é direccionar enquanto observando Torá e Mitsvot, que isso lhe a traga a certo grau. Isto é chamado "muita sabedoria." Nesse momento eles começam a revelar para ela este segredo, ou seja o que é trabalhar em Lishmá [pelo Seu bem]. Por outras palavras, eles começam a deixá-la ver que ela não deve trabalhar em prol de receber recompensa, mas completamente pelo bem do Criador.
Quando ela obtém "muita sabedoria," ela começa a entender que na Torá e Mitsvot há aquilo que foi dito, "Pois ela é tua sabedoria e entendimento aos olhos das nações." Contudo, há ocultação sobre ela. Nessa hora lhe é dito que isto é verdade, há uma ocultação sobre ela pelo propósito da correcção, uma vez que o propósito é que o homem alcance Dvekut [adesão] com o Criador e isto é obtido através da equivalência de forma, considerada "todas suas acções devem ser em prol de doar."
É aqui que o homem começa a ser um servo do Criador. No trabalho, "servir ao Criador" significa que ele trabalha pelo bem do Criador e não para seu próprio bem. Nesse momento, o trabalho que ele faz, ou seja o facto de que quer trabalhar pelo bem do Criador e não para seu próprio bem, é o princípio quando a pessoa começa a entrar no exílio, sob o governo da vontade de receber para si mesmo.
Também, ela não tem esperança de emergir deste exílio senão com a misericórdia dos céus. Ou seja, o Próprio Criador a deve libertar do exílio, tal como no Egipto, onde está escrito (na Hagadá [História de Pêssach]), “E o Senhor nos tirou do Egipto, não com um anjo, mas o Próprio Senhor." Contudo, o facto da pessoa sentir que está no exílio sob o governo da vontade de receber para si mesma, a pessoa não consegue sentir isto de uma só vez, ou seja quando ela começa a trabalhar para sair do seu controle.
Em vez disso, este Kli é chamado "uma carência," ou seja uma necessidade de superar seus vasos de recepção. A pessoa não adquire isto de uma só vez, mas isso requer tempo e esforço. Então, com o tempo, há espaço para que a pessoa sinta que ela não consegue sair sozinha, mas o tempo causa na pessoa uma necessidade e sofrimento, para sentir quão bom seria se ela pudesse sair do exílio e quão mau é que ela esteja no exílio.
Por esta razão, são dadas subidas e descidas à pessoa e ela deve acreditar que tanto as subidas e descidas vêm até ela do alto. Ao mesmo tempo, durante o trabalho, ela deve dizer, "Se não sou por mim, quem é por mim?" Quando a pessoa chega a um estado onde a sua carência é completa, isto é considerado que ela tem um Kli [vaso] para receber o preenchimento, para satisfazer a sua carência. Depois vem o tempo em que o superior preenche o seu Kli.
É sabido que não há luz sem um Kli, tal como não há preenchimento sem uma carência. Respectivamente, uma coisa completa é chamada "luz e Kli," que se divide em duas metades: A primeira metade é o Kli, nomeadamente a carência. A segunda metade é a luz, nomeadamente o preenchimento.
Sucede-se que quando a pessoa ora para o Criador satisfazer a sua carência, isso é chamado "metade," ou seja fazer uma carência, que é o Kli, para o Criador satisfazer a sua carência. Isto é aquilo que disseram nossos sábios (VaYikrá Rába 18), “Uma oração faz metade.” Nós devemos interpretar que uma oração é quando a pessoa ao Criador para satisfazer a sua carência. Isto é já considerado "metade," ou seja a primeira metade, que está na mão da pessoa. A segunda metade está nas mãos do Criador, ou seja que o Criador deve dar a luz e então haverá uma coisa completa.
Contudo, há muitas interpretações para a luz e Kli. Se formos definir um Kli, podemos dizer que ele é uma carência e não importa do que se carece. Por exemplo, por vezes a pessoa sente que lhe falta um Kli para receber abundância, uma vez que a abundância não consegue chegar a um Kli que não se consiga direccionar em prol de doar. Uma vez que ele sente que está sob o controle da vontade de receber para si mesmo, sucede-se que lhe falta um Kli que possa receber abundância.
Acontece que ele não está a orar para receber a abundância. Em vez disso, ele ora para lhe ser dado um Kli chamado "desejo de doar." Portanto, neste caso, "uma oração faz metade" significando que a oração fez metade do Kli e o Criador deve dar a outra metade do Kli. Sucede-se que estas duas metades são na realidade um Kli completo e não luz.
Por outro lado, devemos dizer que a carência está nas mãos do homem. Isto é chamado "a primeira metade do Kli." E o preenchimento do Kli, ou seja ter o desejo de doar, considerado a "segunda metade do Kli," é considerada luz, uma vez que o desejo de doar que o superior lhe dá é um preenchimento para uma carência e qualquer preenchimento é chamado "luz" em relação à carência.
Segundo o citado, devemos interpretar aquilo que questionamos, O que a metade do shekel insinua para nós? pois a Torá disse especificamente metade: "Os ricos não darão mais e os pobres não darão menos." A questão é que devemos interpretar as palavras "Quando tu contares as cabeças dos filhos de Israel para os enumerar," devemos interpretar o sentido de "cabeças" como está escrito, "Que possamos ser a cabeça e não a cauda," ou seja que eles serão considerados Israel, que são as letras Li-Rosh [uma cabeça para mim].
Este é o sentido de "cada um dará um resgate pela sua alma." Isto é, a pessoa tem de sair do exílio, que é chamado "um resgate pela sua alma" das mãos do Sitra Achra [outro lado]. É por isso que está escrito, "É isto que cada um que for enumerado dará," ou seja aqueles que sentem que estão a quebrar os mandamentos da Torá porque foram colocados sob o governo da vontade de receber. Metade do shekel significa que eles devem orar para que o Criador os liberte do exílio.
“Uma oração faz metade" significa que o Kli e o desejo por alguma coisa são considerados metade, ou seja que com isto eles terão uma coisa completa, significando que serão recompensados com o "shekel da santidade." Ou seja, que terão metade de shekel, que é o Kli e o Criador colocará a luz sobre ele, nesse momento ele é chamado "uma coisa completa." Este é o sentido das palavras "É isto que cada um que for enumerado dará," ou seja aqueles que sentem que estão a quebrar os mandamentos da Torá e que querem pagar um resgate pelas suas almas para que suas almas entrem em Kedushá [santidade], ou seja que tenham a força para fazer todas as coisas pelo bem do Criador.
Eles devem pagar meio shekel, ou seja uma oração. Isto é, eles devem orar e não parar de orar até que tenham uma medida completa de carência e desejo para sairem do exílio, onde são colocados sob o controlo da vontade de receber para si mesmos. Dando sua metade, eles serão recompensados com o shekel da santidade, onde a outra metade, que é o preenchimento da oração, sejam juntas o shekel da santidade, ou será um shekel completo de Kedushá.
Com isto vamos entender o que questionamos, O que nos diz quando está escrito, "Os ricos não darão mais e os pobres não darão menos?" Até uma pequena criança entende que se quisermos saber o número de alguma coisa, cada um deve dar a mesma quantia. Devemos interpretar isto no trabalho. A Torá nos diz uma grande coisa aqui: Devemos saber que para o Criador, grandes e pequenos são iguais, tal como está escrito (“Todos Acreditam”), “Aquele que é uniforme e iguala os pequenos e grandes."
Significa isto que a pessoa pensa que ela é rica em boas acções e portanto ela merece a ajuda do Criador e não precisa de orar assim tanto para o Criador satisfazer o seu desejo. Assim, se ela orou, na medida das suas virtudes, o Criador deveria prontamente ter concedido o seu desejo. E se o Criador não a ajuda imediatamente, segundo o entendimento dela, ela deixa de orar e diz que o resto das pessoas, que são inferiores a ela, que devemos orar imenso para o Criador as ajudar. Portanto, ela foge da campanha.
É por isso que está escrito, "Os ricos não darão mais." Significa isto que o rico não deve pensar que ele ora demasiado, segundo o seu entendimento. Em vez disso, há uma certa medida de carência e necessidade e precisamente orando imenso, a pessoa recebe uma carência maior que aquela que ela tem. Ou seja, uma luz maior requer uma grande carência, ou seja ter uma sensação de carência de que ela está no exílio sob o governo da vontade de receber e que ela não consegue sair.
Enquanto ela não tiver verdadeiro sofrimento, isso ainda não é considerado uma verdadeira carência de modo a ser chamada de "uma oração que conta como metade do shekel." Devemos saber que no trabalho, uma oração é uma carência, ou seja que aquilo que a pessoa sente no seu coração, isto é chamado "uma oração" e não aquilo que ela profere com a sua boca. Isto é como disseram nossos sábios, "Uma oração é o trabalho no coração," ou seja aquilo que o coração sente que ele carece. Na medida que o seu coração sente uma carência devido a aquilo que ele não tem, segundo isto é o tamanho da oração medido.
Relativamente ao shekel, o Zohar explica que isto envolve o equilíbrio da balança sobre a qual pesamos as carências e preenchimentos, uma vez que elas são consideradas luz e Kli. Portanto, a luz só pode vir para o seu Kli adequado, uma vez que a carência para o preenchimento está no coração. Por esta razão, também a luz, vem para a sensação do coração e isso nada tem a ver com aquilo que a boca diz enquanto ela ora.
Sucede-se que quando a pessoa dá a sua metade na oração, que é uma sensação de carência no coração, o Criador dará a luz, que é Kedushá. De ambas a carência e a luz, haverá um shekel de santidade. Este é o sentido das palavras "metade do shekel," uma vez que então esta metade ainda não é santidade. Mas quando o Criador lhe dá a luz como em "A luz nela a reforma," as duas metades são o shekel da santidade, como está escrito, "no shekel da santidade."
Agora podemos entender as palavras, "E os pobres não darão menos." Isto é, aquele que sente que é pobre em virtudes e boas qualidades e que ele é pobre no sentido de ter um fraco caracter, quando ele ora para o Criador o ajudar e lhe dar o poder para superar o mal nele e ser capaz de trabalhar em prol de doar, ele sentencia o Criador para o lado do mérito quando o Criador não concede a sua oração, uma vez que ele é pobre.
Portanto, o que deve ele fazer? Somente escapando à campanha e dizendo que este caminho é somente para os ricos. Os escritos nos alertam sobre isto, "Os pobres não darão menos." Em vez disso, "Cada um deles dará um resgato pela sua alma," para sairem do exílio e serem recompensados com a redenção. Para o Criador, todos são iguais, tal como está escrito, "E todos acreditam que ele é fácil de agradar, uniforme e iguala os pequenos e grandes."
Por outras palavras, da parte do Criador, não há discriminação. Em vez disso, Ele atende a todos. Contudo, todos devem chegar a sentir a carência, para saberem do que carecem e para orarem por isso. E a oração em si aumenta a carência e a dor de estarem longe do Criador. Quando a pessoa faz todas as orações que ela deve fazer, ela recebe a outra metade do shekel, que nesse momento é todo em santidade, como está escrito, "no shekel da santidade."
Aí "não haverá praga entre eles." Significa isto que é como está escrito, "Os ímpios nas suas vidas são chamados 'mortos,'" como é apresentado no Estudo das Dez Sefirot, isso assim é porque a vontade de receber está em disparidade de forma do Criador e disparidade de forma cria separação. Assim, eles são separados da Vida das Vidas. É por isso que são chamados "mortos." Sucede-se que através da oração, que é a metade do shekel que a pessoa deve dar, se a doação for completa o Criador dá a outra metade, ou seja a luz. Com isto, a pessoa já consegue trabalhar em prol de doar. Isto é considerado ser recompensado com Dvekut com o Criador, para aderir à Vida das Vidas.
Assim se sucede que há duas maneiras que fazem a pessoa escapar à campanha até quando ela entra no trabalho de estar aderida ao Criador. Assim que a pessoa começa a percorrer o caminho da verdade, lhe é mostrado do alto sua humildade, ou seja que quanto mais ela supera, maior o endurecimento do coração ela recebe do alto, pois tal como está escrito, "Para que EU possa colocar estes sinais MEUS dentro dele." Significa que com isto, haverá espaço para a revelação da luz da Torá, chamada "letras" e isto o reforma. Ou seja, uma vez que não há luz sem um Kli, através do endurecimento do coração, a carência aparece suficientemente e o Criador sabe quando a medida é suficiente, quando o Kli é completado.
Portanto, por vezes a pessoa escapa à campanha quando ela vê que já orou imenso na sua opinião, mas o Criador não repara nela. Nesse momento, por vezes a pessoa sentencia o Criador para o lado do mérito por não conceder a sua oração e diz que isso é porque ela tem pobre caracter de todas as maneiras, em virtudes e em boas qualidades, etc.
Sobre isto foi dito, "Os pobres não darão menos," ou seja que a pessoa não se deve menosprezar e dizer que o Criador não pode ajudar uma pessoa humilde como ela, pois foi dito sobre isto, "O Senhor é alto e o baixo o verá."
E por vezes, a pessoa abandona a campanha porque ela sabe que ela é rica, ou seja que ela tem muita Torá e muitas boas acções e ela sabe que é superior às outras. Portanto, quando ela pede ao Criador para a ajudar a fazer tudo em prol de doar, por que não concede o Criador, pois ela sabe que já deu muitas orações por isso. Logo, ela diz que o Criador não lhe quer responder e desta forma ela foge.
E todavia, a pessoa deve sempre superar.