Artigo Nº 8, Tav-Shin-Nun-Aleph, 1990/91
Está escrito no Zohar (VaYeshev, Item 3), “‘Uma pobre e sábia criança é melhor que um velho e tolo rei.' 'Uma sábia criança é melhor' é a boa inclinação, que é uma criança de poucos dias como homem, uma vez que ela está como homem dos treze anos de idade em diante. 'Um velho e tolo rei' é a inclinação do mal, chamada 'Rei e governante do homem no mundo sobre as pessoas.' Ela é certamente 'velha e tola,' dado que ela tem estado com o homem desde o dia em que ele nasce no mundo. Portanto, ela é 'um velho e tolo rei.' Mas 'uma sábia criança é melhor' como está escrito, 'Eu era jovem e envelheci.' Por que era ela chamada 'jovem'? Isso é porque ela tem a retomada [renovação] da lua, que é sempre retomada e ela é sempre uma criança.”
Parece que das palavras do Zohar que "velho" indica a inclinação do mal, enquanto que a boa inclinação é chamada "uma criança." Se isto assim é, qual é o sentido de "E Abraão era velho, de muitos dias?" O que isso nos quer dizer quando fala, "Abraão era velho?" Que mérito há em que Abraão seja velho e de muitos dias, pois parece que o texto está a louvar Abraão.
Está escrito na "Introdução ao Livro do Zohar" (Item 140) sobre o versículo, "Dia para dia divulga discurso e noite para noite revela conhecimento." Lá está escrito, "Antes do fim da correcção, antes de termos qualificado nossos vasos de recepção para receberem somente em prol de doar contentamento ao nosso Fazedor e não para nosso próprio benefício, Malchut é chamada 'a árvore do conhecimento do bem e do mal'", uma vez que Malchut é a orientação do mundo pelas acções das pessoas.
“Assim, devemos nós receber a orientação do bem e do mal de Malchut, pois esta orientação nos qualifica a derradeiramente corrigirmos nossos vasos de recepção.Frequentemente, a orientação do bem e do mal nos causa subidas e descidas e cada subida é considerada um dia separado pois devido à grande descida que ele havia tido, quando duvidara do princípio, durante a subida ele é como uma criança recém-nascida. Portanto, em cada subida, é como se ele começasse a servir ao Criador de novo. É por isso que cada subida é considerada um dia especifico e similarmente, cada descida é considerada uma noite especifica."
Agora podemos interpretar aquilo que questionavamos, Por que lá diz, "E Abraão era velho, de muitos dias?" Qual é o mérito de Abraão ser velho? A resposta é "muitos dias." Ou seja, há aquele que é velho, que está num estado que se arrasta durante um longo período de tempo e o prolongamento transforma este estado num velho. Está escrito sobre isso no Zohar, "Por que é que a inclinação do mal é chamada 'velha'?" Lá diz que isso é por causa do tempo prolongado, "uma vez que ela está com o homem desde o dia em que ele nasce no mundo." Por outras palavras, não há mudança na sua situação e ele sempre foi o mesmo desde que nasceu. Isto é chamado "Um velho e tolo rei."
Devemos questionar, Mas ela é um anjo, como está escrito, "Pois Ele vai comandar Seus anjos sobre ti, para te guardar em todos teus caminhos." O Zohar interpreta que isto é relativo à inclinação do bem e à inclinação do mal. Então como podemos dizer que ela é tola?
A resposta é que todo o anjo é nomenclado segundo sua tarefa. Assim, uma vez que a inclinação do mal instala na pessoa o espírito da folia, tal como disseram nossos sábios, "A pessoa não peca a menos que um espírito de folia nela tenha entrado," por esta razão a inclinação do mal é chamada "tola," respectivamente. Todavia, ela representa sempre o mesmo papel, instalar o espírito da folia nas pessoas. É por isso que ela é chamada "Um velho e tolo rei."
Contudo, na Kedushá [santidade], quando a pessoa começa a trabalhar no caminho para alcançar Dvekut [adesão] com o Criador, ou seja que todas suas acções sejam pelo bem do Criador, a pessoa primeiro deve chegar ao reconhecimento do mal, ou seja conhecer a medida de mal dentro dela. Isso é como disseram nossos sábios, "Para os ímpios, o mal parede da largura de um cabelo, mas para os justos, ela parece uma alta montanha." Isto assim é pois não é mostrado à pessoa mais mal que existe dentro da pessoa do que ela tem, uma vez que o bem e o mal devem estar equilibrados, pois somente então podemos falar de escolha, como disseram nossos sábios, "A pessoa sempre se deve ver a si mesma meio culpada e meio inocente." Portanto, aqueles que querem alcançar o trabalho da doação atravessam subidas e descidas, como dito no Zohar, que interpreta "Dia para dia divulga discurso e noite para noite revela conhecimento."
Sucede-se que a qualidade de "velho" naquele que trabalha em prol de doar não é no sentido que um estado tenha levado muito tempo. Em vez disso, ele é "velho" porque ele teve muitos dias e muitas noites. É por isso que lá se diz, "Abraão era velho, de muitos dias." Para interpretar "muitos dias," "E o Senhor abençoou Abraão com tudo," o que é "com tudo"? Uma vez que ele teve muitos dias, ele deve ter tido muitas noites entretanto, pois se não há noites entretanto, não podem haver muitos dias. "O Senhor abençoou Abraão com tudo," ou seja que as noites também foram abençoadas com ele. Este é o sentido de "E o Senhor abençoou Abraão com tudo."
Segundo o citado, devemos interpretar as palavras "Uma sábia criança é melhor," como está escrito, "Eu era jovem e envelheci." Por outras palavras, embora "Eu" tenha envelhecido, "Eu" continuo jovem. Isto assim é pois a ordem do trabalho é que quando a pessoa deve assumir sobre si mesma a fé acima da razão, dado que o corpo rejeita isto, o seu trabalho é diário. Por outras palavras, cada dia a pessoa deve assumir sobre si mesma a fé e não é suficiente que ontem ela a tenha assumido sobre si mesma, como está escrito (Deuteronômio 26:16), “Neste dia o Senhor teu Deus te ordena a fazer." RASHI interpreta, "Cada dia, eles serão como novos aos teus olhos, como se nesse dia eles te tivessem sido ordenados."
Sucede-se que cada dia é seu próprio discernimento, uma vez que cada dia ele é um jovem e deve começar de novo a aceitação do reino dos céus. Isto é como diz o ARI (Shaar Ha'Kavanot, p 61), “Em toda e cada oração, os Mochin entram e depois da oração eles saem. Você deve saber que a questão não é como parece, ou seja que os Mochin que entram sejam aqueles que saem e que são aqueles que regressam em cada oração. A questão é que com cada oração novos Mochin vêm.”
Significa isto que embora a pessoa comece de novo cada dia, isso não significa que ela comece do mesmo lugar em que começou. Em vez disso, "de muitos dias" significa que ela tem muitos novos dias. Sucede-se que "Eu era jovem e envelheci." Ou seja, a velha idade não é de um estado, por esse estado ter sido prolongado. Em vez disso, "velha" em Kedushá significa que ele teve um tempo prolongado de muitas retomadas, ou seja que o envelhecimento veio de muitos dias num estado de "jovem," ou seja de criança. Portanto, o sentido de "Eu era jovem e envelheci" é relativo somente aos tempos de "jovem" e disto ele envelheceu.
Este é o significado das palavras, "Este é um jovem que é uma pobre criança sem nada que lhe pertença." Por outras palavras, todo o trabalho, que é somente doar sobre o Criador e não para seu próprio bem, este trabalho é contra o corpo, onde ele quer trabalhar especificamente pelo seu próprio bem e não pelo bem do Criador. Nessa altura, a pessoa vê que após cada subida, ela imediatamente tem uma descida e disto ela obtém a questão de "noites e dias."
Isto continua até que a pessoa decida que ela é impotente para fazer coisa alguma, uma vez que ela vê que com todas as coisas que ela faz em prol de avançar, ela vê o oposto, que cada vez, ela tem mais mal. Nesse momento, ela decide e diz, "A menos que o Senhor construa uma casa, aqueles que a construiram trabalharam em vão." Por esta razão, quando a pessoa é recompensada com o Criador lhe dar o desejo de doar, ou seja que ela foi recompensada com ser capaz de realizar todas as suas acções pelo bem do Criador, ela vê que ela é uma "criança." Ou seja, ela não tem mais poder que aquele de uma criança, portanto que ela nada tem que lhe pertença. Por outras palavras, ela nada concretizou sozinha, mas em vez disso o Criador lhe deu tudo.
Nessa altura, ela vê que o Criador lhe deu as descidas, também e para si mesma, ela nada tem. Este é o sentido de "Por que é ela chamada 'jovem'? Isso é porque ela tem a retoma [renovação] da lua." Por outras palavras, tal como a lua não tem luz de si mesma senão aquela que ela recebe do sol, similarmente, quando o homem é recompensado com Dvekut com o Criador, ele vÊ que ele nada ganhou com sua própria força, mas que o Criador lhe deu tudo, enquanto que ele é sempre uma "criança." Por outras palavras, em cada situação, ele é como uma criança, nada fazendo e tendo somente aquilo que é dado a uma criança, enquanto que ele próprio nada consegue fazer. É por isso que uma pessoa deve sempre pedir ao Criador para lhe dar o poder para prevalecer no trabalho e a pessoa em si mesma é completamente impotente.
Segundo o citado, devemos interpretar o que está escrito (Génesis 15:6), “E ele acreditou no Senhor e Ele o considerou para ele como rectidão." Isto é desconcertante. Qual é o louvor de Abraão em ele acreditar no Criador? Afinal, qualquer pessoa que tivesse tido a revelação ad Divindade e do Criador e que falasse para ele acreditaria no Criador. Devemos interpretar que assim que Abraão viu que ele não tinha poder próprio para ser recompensado com alguma coisa na Kedushá, uma vez que a vontade de receber é o governante, como está escrito, "um velho e tolo rei" e ele era impotente para sair do seu governo e para ser recompensado com Dvekut com o Criador, por isso está escrito no geral, "E ele acreditou no Senhor e Ele o considerou para ele como rectidão."
Por outras palavras, o facto de que Abraão pudesse ser recompensado com a fé é somente por caridade do Criador, o Criador lhe deu caridade e o libertou do governo do velho e tolo rei, que rejeita a fé acima da razão. Av-Ram [alto pai] significa que ele queria avançar especificamente acima da razão, que é considerado "os pastores do gado de Abraão" (como está escrito no Artigo Nº 1, Tav-Shin-Nun-Aleph).
Mas o corpo inteiro o rejeita. Portanto, quando o Criador lhe deu o poder da fé acima da razão, Abraão considerou-o tendo sido recompensado com a fé, como está escrito, "E ele acreditou no Senhor," ou seja que ele podia acreditar no Senhor, para Ele, para o Criador. "Como caridade," que o Criador lhe deu caridade ao dar a Abraão o poder da fé.
Contudo, na ordem do trabalho, nós vemos que há subidas e descidas. Durante uma subida, quando a pessoa sente a importância, quando ela sente que está próxima do Criador e tem alguma sensação da importância da grandeza do Criador e quer se anular ante Ele porque ela sente um pouco do amor do Criador e quer se anular ante Ele como uma vela ante uma tocha, nesse estado ela não se lembra de alguma vez ter sofrido de um estado de descida. Além do mais, ela não se quer lembrar que há tal coisa chamada "um estao de descida" e ela deseja que este estado de subida seja permanente.
Mas no final, ela sofre uma descida. Por vezes, ela cai num estado tão baixo que ela diz que não há meio de alguma vez ser capaz de fazer alguma coisa pelo bem do Criador. Quando lhe ocorre que ela tem de trabalhar e observar Torá e Mitsvot [mandamentos/boas acções] pelo bem do Criador, então por que é que eu não quero fazer isto, ele dá a si mesmo uma verdadeira resposta, na sua opiinão, que nada há para responder a isto, uma vez que o homem, ou seja a vontade de receber dentro do homem, é o governante durante a descida e ela diz que ela está disposta a fazer tudo pelo bem do Criador, mas sob a condição de qu eu saiba que minha vontade de receber venha a ganhar com isto.
Por outras palavras, ele está disposto a trabalhar pelo bem do Criador mas sob a condição que seu benefício pessoal lucre com isto. Sucede-se que durante a subida, se ela olhar para as descidas que ela recebe cada vez, ela fica impressionada com como tal coisa pode haver, de que haja tamanha diferença entre as subidas e descidas, tal como a diferença entre os céus e a terra. Por outras palavras, durante a subida, ela pensa que já está nos céus, que ela não tem mais qualquer conexão com a corporalidade e que deste dia em diante, seu único envolvimento no mundo será no que é relativo à espiritualidade. Ela até fica zangada com o Criador por lhe dar corporalidade, para se engajar em questões mundanas e que ela tenha de dedicar tempo e esforço a estas coisas, para obter a corporalidade.
Nessa altura, a pessoa não entende para que finalidade criou o Criador isto. O inteiro mundo corpóreo lhe parece redundante. Mas junto com todos os bons cálculos, ela subitamente sofre uma descida e cai no chão. Por vezes, durante a descida, ela perde a consciência por completo e se esquece completamente da espiritualidade. Por outras, ela realmente se lembra que há tal coisa como espiritualidade no mundo, mas vê que isto não é para ela.
Contudo, devemos entender por que o Criador nos dá estas descidas. Ou seja, primeiro, a pessoa deve acreditar que o Criador nos dá estas descidas e depois a pessoa questiona para que finalidade o Criador me deu estas descidas. Por outras palavras, quando a pessoa acredita que o Criador lhe envia isto a ela, as descidas vêm à pessoa depois de ela ter tido um estado de subida e ter pedido ao Criador para a aproximar Dele e ela acredita que o Criador escuta a oração.
Mas que recebeu ela em retorno pela sua oração? Ela pensava que após a oração ela receberia uma subida para um grau mais alto que o estado em que ela estava durante a oração. Mas no final, ela vê que o Criador lhe deu um estado pior do que aquele em que ela estava antes de ter orado para o Criador. A resposta é como disse Baal HaSulam, que há a questão de "tal como a luz sobressai na escuridão.” Ele disse que a pessoa não consegue valorizar a importância da luz ou saber como a preservar, senão de dentro da escuridão. Nessa altura, a pessoa consegue discernir a distância entre a luz e as trevas.
Devemos interpretar suas palavras com uma alegoria. Quando uma pessoa dá um presente a um amigo, que vale 100 shekels aos olhos do receptor, o receptor fica feliz com o facto de que o seu amigo o valorize e lhe envie um presente e ele o aceita com grande alegria. Todavia, se o receptor descobre posteriormente que o presente vale 10 000 shekels, podemos entender como o receptor agora ficaria feliz e como seu amor pelo dador do presente seria estabelecido no seu coração e como ele guardaria o presente de ser roubado
A lição é que quando uma pessoa recebe um despertar do alto, quando o Criador a aproxima Dele, a pessoa sente alguma importância em sentir que ela fala com o Criador, mas a pessoa não consegue aceitar a verdadeira alegria desta aproximação, uma vez que ela ainda não consegue valorizar a grandeza e importância do Criador de modo a receber o deleite e prazer do Criador falar com ela.
A razão é como foi dito acima, "tal como a luz sobressai na escuridão." Uma vez que a pessoa não sofre por estar longe do Criador, ela não consegue valorizar a grandeza e importância de uma situação onde ela está perto do Criador e ela também não consegue valorizar o sofrimento de estar longe do Criador, se ela nunca sentiu o que significa estar perto do Criador. Por esta razão, a ordem do trabalho é caminhar com duas pernas, direita e esquerda, como disseram nossos sábios (Sotah 47), “A esquerda sempre deve rejeitar e a direita aproximar.”
“Direita” significa plenitude. Durante a subida, a pessoa sente como agora ela está perto do Criador,e la tem a vitalidade e alegria e ela vive num mundo que é todo bom. Posteriormente, é desejado do alto que ela sinta a importância do Criador a aproximar Dele, para que ela possa desfrutar e ser feliz, não como uma pessoa o valoriza na alegoria, como valendo 100 shekels. Portanto, quando ela sofre uma descida e sente sofrimento de estar numa descida, embora durante a descida ela nem sempre sinta que está numa descida, ou seja se ela desceu do seu nível e não quer sofrer por ter caído, isso não é considerado uma descida, pois quem sabe se ela caiu se a própria pessoa não o sente?
Em vez disso, isto é como uma pessoa que ficou ferida num acidente de viação e não sente que ela ficou debaixo do automóvel, uma vez que ela está inconsciente. Quem sabe que ela caiu para baixo do caminhão? somente as pessoas de fora. Mas o que sente ela das outras pessoas verem que ela está inconsciente?
É o mesmo na espiritualidade quando ela sofre uma descida. Isso é sabido no alto, mas assim que a pessoa recupera, ela apercebe-se que está num estado de descida e depois começa um novo processo e lhe é dado do alto outra subida e depois outra descida. Disto, a pessoa obtém a distinção entre a luz e a escuridão. Também, disto, a pessoa obtém as letras pelas quais valorizar quando o Criador a aproxima e com isto ela saberá como se guardar a si mesma de deixar cair coisa alguma para as Klipot [cascas/peles], ou seja para os seus vasos de recepção, dado que ela sabe o que ela está a perder por causa de "tal como a luz sobressai na escuridão.” Este é o sentido das descidas e subidas que a pessoa tem de atravessar nesse estado.
Aquele que é esperto e quer poupar tempo não espera até sofrer uma descida do alto. Em vez disso, enqaunto ele está numa subida e quer obter a importância do estado de proximidade do Criador, ele começa a retratar para si mesmo o que é um estado de descida, ou seja como ele sofre de estar longe do Criador em comparação com como ele se sente agora que está perto do Criador. Sucede-se que até durante a subida ele aprende dos discernimentos como se ele estivesse num estado de descida. Nessa altura, ele pode calcular e discernir entre uma subida e descida.
Nesse tempo ele vai obter uma imagem da vantagem da luz sobressair na escuridão, uma vez que ele consegue criar um retrato de como ele estava no estado de descida e pensava que toda a questão do trabalho de doação não lhe pertence e como ele sofria desses estados quando queria fugir da campanha e que somente de um lugar conseguia obter algum alívio, ou seja somente de uma esperança, de que ele pensava, "Quando me será possível ir dormir?" pois aí ele fugiria dos estados de impaciência, quando ele sentira que o mundo se havia tornado escuro para ele.
Agora, durante a subida, ele vê tudo diferentemente. Nessa altura, ele quer trabalhar somente pelo bem do Criador e não tem preocupação pelo seu próprio benefício. De todos estes cálculos que ele fará durante a subida, sucede-se que agora ele tem um lugar onde consegue discernir entre a luz e a escuridão e não precisa de esperar até que lhe seja dado do alto um estado de descida.
Segundo o citado, devemos interpretar aquilo que disseram nossos sábios (Shabat 152), “Eu procuro aquilo que eu não perdi." Interpreta RASHI, "Eu procuro aquilo que eu não perdi por velha idade, eu caminho curvado, balançando e parece que procuro algo que eu perdi." Devemos entender isto no trabalho, o que nos vem para ensinar. Um velho homem é considerado sábio, ou seja que ele quer ser um sábio discípulo.
Tal como Baal HaSulam disse, o Criador é chamado "sábio" e Sua conduta é doação. Quando a pessoa quer aprender dos Seus caminhos, ou seja ser também um doador, essa pessoa é chamada "um estudante do Sábio." Essa pessoa não espera até sofrer uma descida e depois vem pedir para ser elevada de novo, ou seja que ela perdeu o seu estado de subida e pede para ser levantada novamente. Em vez disso, antes que ela perca o estado de subida, ela procura como se já o tivesse perdido. Com isto ela poupa tempo. Sucede-se que no que é relativo às descidas, há espaço para que o homem suba e receba um lugar para discernir a vantagem da luz sobre a escuridão.