Jerusalém,
1932
Em
honra ao meu caríssimo ... que ele viva uma vida longa e boa, Amén.
Hoje
eu recebi sua carta com as novidades sobre os filhos, que o Criador os abençoe.
No
geral, eu fiquei um pouco contente com a carta. Apesar de você não ter se
refreado de dar aos assuntos corpóreos a condução aqui, também há, ainda, muito
deste ponto na escrita, como você mesmo escreveu.
Quanto
ao que você disse, que eu estou zangado ou preocupado porque você não me
escreve nada por dois anos agora, é como você sente.
Minha
resposta é que apesar deste sentimento não ser completamente desapontador, é
desapontador em sua forma, como o Criador sabe que nada ruim pode vir para mim
daqueles que percebem o corpo. Assim como antes, é agora, eu sou o mesmo: “Ai
desta beleza que murchou neste pó”, e daqui vem todas as minhas alegrias e
tristezas.
Seguindo
esta introdução, vou conceder o seu desejo. Você escreveu, “Eu lhe peço muito
para que você me escreva algumas inovações na Torá”.
Devemos
cuidadosamente considerar as palavras dos nossos sábios, cujas palavras são
como brasas. Eles disseram, “Uma hora de arrependimento e boas ações nesse
mundo é melhor do que a vida inteira no mundo vindouro, e uma hora de
contentamento no mundo vindouro é melhor do que a vida inteira neste mundo”.
Parece como se o início e o final se contradissessem, pois uma vez que eles
determinam que uma hora do mundo vindouro é melhor do que a vida inteira deste
mundo, eles devem querer dizer que a vida espiritual neste
mundo, significa arrependimento e boas ações. Afinal, nós não podemos suspeitar
que a Mishná fala de uma vida de prazer percebido, como é para os ímpios, os
tolos e os insensíveis.
Nossos
sábios já nos instruíram: “Os ímpios, nas suas vidas, são chamados ‘mortos’”.
Ou seja, a forma de vida que o ímpio pode assemelharse, esta forma é a morte
propriamente dita, o oposto da vida e felicidade.
Assim,
a morte que os ímpios percebem ser a ausência do prazer percebido, é uma
percepção falsa, desde que a ausência do prazer corpóreo não é oposta a vida,
para merecer ser definido como morte.
Pelo
contrário, a presença de prazeres corpóreos, que o ímpio recebe e com os quais
se regozijam, são tecidos para eles em uma partição de ferro que os separa da
vida das vidas, e eles afundam no mundo da morte, como está escrito, “Ele é
Satan; ele é a inclinação ao mal; ele é o anjo da morte”.
Portanto,
é evidente que as palavras da Mishná, “a vida neste mundo”, indica a vida espiritual neste mundo, pois as palavras dos sábios curam e elas não
falarão falsidade.
Foi
sobre isso que eles disseram, “Uma hora de contentamento neste mundo é melhor”.
Então, por que eles adicionaram, “Uma hora de arrependimento e boas ações neste
mundo é melhor do que a vida inteira do mundo vindouro”? Não devemos
forçosamente concluir que arrependimento e boas ações requerem labuta e
paciência, pois elas estão
separadas
da vida deste mundo. É por isso que eles disseram primeiro, “Uma hora de
contentamento neste mundo” é melhor do que isso.
Entretanto,
labuta e esforço que são desprovidos de prazer são melhores do que o prazer
espiritual neste mundo, pois é ainda mais elevado do que a vida inteira no
mundo vindouro. Entretanto, tais palavras são aceitáveis apenas entre aqueles
com pouco conhecimento. Elas nunca serão aceitas pelo sábio. Nossos sábios já
determinaram para nós no santo Zohar:
“Onde
há labuta, há a Sitra Achra, pois a Sitra
Achra está na deficiência”, como são todos
que a seguem. Mas com relação a santidade, há uma completude lá, e todo aquele
que trabalha em santidade está em completude, sem nenhum esforço, e apenas em
deleites e felicidade.
Antes
que nos aprofundemos no coração das palavras deles, eu definirei completamente
para você o significa destas palavras—“este mundo”, “o [mundo] vindouro”—nas
palavras dos nossos sábios. É como está apresentado em O Zohar no título, Sefer
HaBahir [O
Livro do Iluminado]: “Rabi Rechimai foi questionado, ‘O
que é o mundo vindouro, e o que há por vir?’
Ele
respondeu a eles, ‘O mundo vindouro e por vir’. Em outras palavras, a abundância
ainda está por vir.
Você
pode ver evidentemente a diferença entre este mundo e o mundo vindouro. Este é
o que nós atingimos no presente, ou atingimos no passado. O mundo vindouro,
entretanto, é o que você ainda não atingiu, mas que deveria vir a nós no
futuro, depois de algum tempo. Entretanto, ambos falam sobre o que a pessoa atinge e recebe neste
mundo, desde que o significado da recompensa
antecipada da alma é apresentada no Zohar
mencionado acima, definido apenas nas
palavras, “no futuro”.
Em
outras palavras, antes da correção, as pessoas neste mundo são totalmente
impróprias para recebe-lo, mas apenas as almas, que são desprovidas de corpos,
ou após o Gmar HaTikún (fim da correção), quando este mundo se eleva em grande
mérito do mundo de Atzilut. Ainda assim, não precisamos elaborar nisso por agora.
É
dito, “Inicialmente, nossos pais eram idólatras. Agora, o Criador nos trouxe
mais perto para o Seu trabalho, Terach, o pai de Abraão”.
Devemos
entender que a intenção daquele que proferiu essas palavras com esta referência
de Terach, o pai de Abraão. É para nos lembrar dos tempos melhores, do tempo de
nossa liberdade?
Mas
nós encontramos coisas como essa na santa Torá, também, como está escrito, “E
Terach morreu em Charan. E o Senhor disse a Abraão, ‘Saia da sua terra’, etc.”
Esta proximidade é desconcertante e confusa, pois a primeira aparição do
Criador ao primeiro pai, que é a raiz e o núcleo de Israel como um todo, e toda
a correção, contendo todo o desejo por abundância e felicidade a serem
reveladas para nós, e a abundância nos mundos para todos os justos e os
profetas do início ao fim.
Isso
é assim porque a lei na santidade e espiritualidade é que a raiz contém dentro
dela toda a descendência que vem e aparece por sua causa, como foi dito sobre Adam HaRishon que ele incluiu todas as almas que apareceriam no mundo. Da
mesma forma, o primogênito inclui todos os filhos nascidos depois, como é
sabido nos livros.
Por
isso, deve ter havido secessão em diversos escritos entre o nome de Terach e a
primeira aparição de Abraão, pois ele é a raiz de tudo, como dito acima.
Aqui
eu devo explicar a base da idolatria. É como os livros escrevem sobre o verso
“Não haverá em ti deus estranho”. Isto significa que o Criador não deve ser
para você como um estranho, pois trabalhar para um estranho é um fardo. É por
isso que isto é idolatria [a tradução literal de idolatria é “trabalho
estrangeiro (estranho)”]. Pelo contrário, adorar o Criador deve ser com amor e
alegria, e então o seu lugar é em santidade, e não ao contrário.
É
dito no nome de Baal Shem Tov, “Não terás outros deuses além de Mim”, pois
aquele que acredita que há outras forças (além de Mim) além da força do
Criador, que é chamado Elokim
[Deus], é idólatra, e isto é profundo.
Isto
é assim pois um adorador do Criador não precisa de nenhuma mudança em seu
arranjo corpóreo. Isto está lindamente e maravilhosamente arranjado, como está
escrito no “Poema da Unificação”, “Você não esqueceu nenhum de Seus desejos,
nem esqueceu nada. Você não subtraiu, e Você não adicionou, e Você não
trabalhou neles em vão”.
O
aparato corpóreo é arranjado de tal maneira que todas as pessoas do mundo se
unirão e serão qualificadas para o trabalho dEle, como está escrito, “Todos os
trabalhos do Senhor são pelo Seu bem”. Este é o significado de “Nunca houve
alegria antes dEle como o dia quando os céus e a terra foram criados”. Está
também escrito, “E Deus viu tudo que Ele tinha feito, e eis que era muito bom”.
Entretanto,
isto está arranjado numa maneira adequada para tal trabalho, adequado para uma
maravilhosa recompensa, que “Nenhum olho viu um Deus além de Ti”. Este é o
significado do trabalho e da recompensa que são arranjados antes de nós neste
mundo, na corporeidade.
Nós
vemos aqui que qualquer recompensa está de acordo com a dor que o trabalhador
sente durante o trabalho. Mas o conceito de labuta e sofrimento que aparece
durante o trabalho é avaliado e medido de acordo com o adiamento do pagamento
do tempo de labuta, pois é natural que o pagamento extinga e desenraize o
sofrimento da labuta. Ou seja, isto não é percebido como sofrimento, nem mesmo
um pouco.
Pense
você mesmo: Se você trocar uma vaca por um burro, então você receberá o
contentamento que você sente com o burro, completamente igual à vaca. No
mínimo, não é menor do que isso, ou você não a trocaria com o burro.
Da
mesma forma, se o dono pagasse o adorador tais pagamentos e recompensas que não
fossem satisfatórias a ele, ao menos tanto quanto antes ele trabalharia, é
certo que ele não trocaria seu trabalho com a recompensa.
Afinal,
a intenção do trabalhador é ganhar e receber contentamento através da troca, e
não aumentar sua tristeza ainda mais; isto é claro e simples.
De
fato, há exceções, mas isso se refere à maioria das pessoas, pois o preço real
da labuta é verdadeiro apenas na maioria das pessoas, e não em indivíduos
específicos.
Mas
por tudo acima dito, o senso comum nega que no fim do dia, pareça que o corpo
não fará cálculos racionais, e que ele sente o trabalho mais ou menos como um
débito, e o pagamento não extingue a dor presente latente da labuta.
Mas
em verdade, o cálculo está correto, porque o corpo não desfruta ou sofre do
futuro, mas do presente. Portanto, se o dono pagar o trabalhador o que lhe é devido
no presente, ou seja, de momento a momento, onde para cada sentimento ele pagaria
a ele um centavo, não há dúvida de que ele não sentiria seu esforço de forma
alguma, pois os pagamentos extinguiriam e desenraizariam a dor.
Mas
seu dono não fará assim. Ao contrário, ele pagará seus pagamentos e recompensas
no fim do trabalho, depois de um dia, uma semana ou um mês. É por isso que o
corpo animal, que não desfruta ou sofre do futuro, sentirá dor e preocupação,
como se realmente perdesse toda sua labuta pela sensação animal.
Segue-se
que o corpo que recebe os pagamentos não trabalha de maneira alguma, e o corpo
que trabalhou não recebeu nada por isso. É por isso que é separado, pois se
deleita apenas do momento presente, e a sensação do futuro, sente-se porque é
como um corpo estranho.
Venha
e veja: o comerciante, o dono da loja, que realmente recebe seu pagamento no
presente, significando que para cada minuto que ele se preocupa e sofre
enquanto serve seus clientes, realmente não sente seu esforço de modo algum.
Pelo contrário, ele se deleita durante o pagamento.
A
labuta, que é unida ao pagamento, é extirpada dele. Ele não é como o trabalhador
que recebe seu pagamento a noite, e sente infelicidade e tristeza durante este
trabalho.
Isso
é o que eu falei, que qualquer sensação de dor e sofrimento na realidade é
apenas para remover o pagamento do tempo do trabalho.
Também,
se você analisar mais você encontrará que de acordo com o lapso temporal entre
ambos, assim a dor aumenta durante o trabalho, tão precisamente quanto a duas
gotas d’água.
Com
o acima dito, entendemos os dois nomes, “justo” e “ímpio”, porque a pessoa não
fica ociosa neste mundo; nós necessariamente temos um senso de razão da nossa
existência nesse mundo—para abençoar ou, Deus proíba, para amaldiçoar. Ou seja,
a benção que que nós somos ordenados a abençoar o Criador é feita por si só.
Da
mesma maneira, o rico que dá um presente a um pobre, sabe certamente que a
pessoa pobre o abençoa por isso. Ele não precisa ouvir o que sua boca
pronuncia. Mas, se uma pessoa ataca e amaldiçoa outra, ela sabe certamente que
a outra a está amaldiçoando; ela não precisa pensar sobre isso.
Assim,
aquele que se alegra em estar no mundo do Criador, nesta hora ele está
abençoando seu Fazedor, que o criou para o deleitar. Ele mal precisa pronunciar
qualquer coisa.
Ao
contrário, quando uma pessoa sente alguma dor enquanto está no mundo do
Criador, nesta hora ela faz o oposto. E apesar de não proferir nenhuma palavra
condenável de sua boca, ainda, o
sentimento rege. Este é o título, “ímpio”, pois quando
sente alguma dor, ela necessariamente condena, cuja mágoa é expressa no próprio
sentimento, e não precisa ser demonstrada publicamente.
Mesmo
se ele pronunciar uma benção, é semelhante a uma bajulação, como um senhorio
que está batendo em seu servo enquanto o servo está dizendo, “Eu gosto muito de
apanhar; eu estou transbordando de alegria”.
Foi
dito disso, “Aquele que fala falsidades não será estabelecido”.
Por
estas palavras você também vai entender a definição do título, “justo”.
Trata-se de uma pessoa que está no mundo do Criador, mas sempre recebe
sensações boas e agradáveis, e está em constante prazer. Por esta razão ela
sempre abençoa o Criador que a criou a fim de fornecer-lhe um mundo bom e
delicioso. Ela, também, certamente não precisa pronunciar explicitamente as
palavras, pois os sentimentos em si são as bênçãos com as quais ela abençoa o
Criador, como explicado na alegoria acima. É por isso que a pessoa é chamada de
“justo” [também “reto”], pois ela justifica a criação e a sente como realmente
é, como está escrito, “E Deus viu tudo que Ele tinha feito, e eis que era muito
bom”.
Este
é o significado de “O justo vive pela sua fé”. Isso vem para nos ensinar o
poder do justo, pois parece ser incompreensível para uma pessoa comum, pois
como pode uma pessoa estar nesse mundo e ainda ser poupada da dor e do
sofrimento? Ainda mais desconcertante, ela está em prazer constante. Isso
parece contradizer a razão.
E
no entanto, com o mencionado acima, você entenderá que o próprio conceito de
labuta e dor que existem na vida está presente somente sobre a forma da remoção
do pagamento do trabalho. Portanto, embora o pagamento possa extinguir o
sofrimento e desenraiza-lo, eles não o afetam durante o trabalho, e ele tem
tempo para experimenta-los, como detalhado acima.
É
como o dono da loja, cuja dor é completamente desenraizada.
Quando
ele busca por ela, ela se foi durante o pagamento e ao servir os clientes
porque a recompensa e a labuta vêm juntos, sem nenhuma diferença de tempo para
a dor da labuta aparecer.
Agora
você vai entender claramente as palavras do Zohar,
“Onde há labuta, há Sitra Achra, pois a Sitra
Achra está na deficiência, e todo o trabalho dela
está na deficiência”. Isso é assim porque aquele que é recompensado com fé
completa, o futuro para ele é exatamente como o presente, pois de outra maneira
não teria sido considerado completo.
Por
exemplo, se uma pessoa confiável me promete alguma coisa, é como se eu já
realmente a tivesse recebido. Se a minha sensação é de alguma maneira
deficiente, ou seja, que eu sinto que seria mais prazeroso se eu realmente
recebesse aquilo, então nesta mesma medida está faltando na minha fé nele.
É
portanto óbvio que uma pessoa justa, que foi recompensada com fé completa—na
medida do que os nossos sábios disseram, “Seu senhorio é confiável para
pagar-lhe a recompensa por seu trabalho”—necessariamente sente cada grama de
dor de sua labuta nos pagamentos que recebe do Criador, apesar de que ela ainda não
realmente os recebeu ainda. Mas por
isso, sua fé ilumina para ela completamente, de maneira que o dar em si não tem
lugar para adicionar até mesmo a menor porção de contentamento.
Se
a doação fosse ligeiramente menos valiosa do que a promessa, até mesmo na menor
porção, então ela ainda está por alcançar a fé completa, e portanto ela não poderia ser considerada
justa. Portanto, ela alcançou necessariamente
a conclusão da fé, onde a promessa serve a ela como doação, e ele não sente
nenhuma divisão entre futuro e presente. Então, ele é como o dono da loja, para
quem a dor da labuta não pode aparecer enquanto ele está servindo seus
clientes, porque a labuta e o pagamento vêm juntos. Este
é
o significado de “O justo vive por sua fé”.
Através
disso podemos entender as palavras do Zohar, “Onde há labuta, há Sitra
Achra, etc., e há santidade apenas na
completude”. É um sinal claro, se ela foi recompensada com essa adesão à
santidade, ela necessariamente foi recompensada com a fé completa.
Portanto,
de onde ele obtém a sensação de labuta? Deve ser que a Sitra Achra está sobre ele porque sua fé é incompleta. Então, ele necessariamente
sente dor, e então ele é chamado “ímpio”, como detalhado acima extensivamente.
Este
é o signif icado de “Os ímpios, em suas vidas, são chamados mortos”. O ímpio
tem “vida curta e cheio de ira”, e “O justo vive por sua fé”.
Agora
você vai entender a pergunta dos filósofos sobre nossa santa Torá no mandamento
de amar ao Criador. Pela lei da Natureza, não pode haver mandamentos ou coerção
no amor. Pelo contrário, é uma coisa que vem por si só, etc., como eles
elaboraram em sua insensatez.
De
acordo com o acima você entenderá a questão aqui, sobre a Torá ter sido dada
apenas aos filhos de Israel, que foram recompensados primeiro com a fé
completa, como está escrito, “E eles creram no Senhor e em Seu servo, Moisés”,
e também primeiro a “Faremos e ouviremos”.
Desta
maneira nós atingiremos todas as 613 Mitzvot
[mandamentos] para fazê-las com fé
completa primeiro, como é sabido que esta é a porta da casa. Portanto, a
medida das palavras, “Amarás ao Senhor teu Deus”, depende completamente do
indivíduo, em tentar ao máximo que puder chegar a este nível perpétuo de sempre
receber abundância da santidade, força e cada deleite no prazer infinito.
Nesse
estado, o amor é garantido a ele por si mesmo, como está arranjado nas leis da
Natureza, de maneira que a medida do amor e seu mandamento são equivalentes à
nossa qualificação em receber dEle prazer infinito, deleite sobre deleite, como
é o caminho com a santidade—aumenta. Isto está certamente em nossas mãos,
significando a correção da fé.
Com
isso, a Luz do Seu amor certamente virá por si só, pois a sensação de receber
prazer é em si só a expressão do amor e benção do doador, como uma vela e sua
luz, e isso é simples.
Yehuda Leib