25 de Outubro, 1957
... quanto a separar o amor de amigos da
obra do Criador, não o entendo de todo pois nunca foi costume com Baal HaSulam
conectar essas duas coisas.
Pelo contrário, sempre foi proibido falar
palavras de Torá ou de estados de grandeza e pequenez entre os amigos. Nosso
caminho sempre foi, “Caminhai humildemente.” Quase não era permitido falar de
questões da obra entre os amigos, como foi dito em vários ensaios de Baal
HaSulam a esse respeito.
Em vez disso, a devoção dos amigos era
aquela das pessoas comuns, onde cada um se preocupa somente com a corporalidade
do seu amigo, não com sua espiritualidade. Aproximação entre os amigos era na
realidade através das refeições e beber vinho, não através das palavras da
Torá.
Desta forma, não estou seguro de que
inovações estão a tentar fazer. Talvez até agora acreditásseis que para o amor
de amigos não devem haver discussões ou envolvimentos nas questões da obra e
agora sabeis de certeza que esta é a única maneira como deve
ser, ou seja através de caminhar humildemente.
O caminho é como aquele que anda de acordo
com a ocasião do seu amigo. Ele não pensa em si mesmo—se está bem disposto—mas
deve participar na alegria do seu amigo. Ele não deve franzir, mas mostrar uma
cara feliz. É o mesmo aqui: conexão entre os amigos deve ser tal que cada um
deseja deleitar seu amigo e precisamente com coisas corpóreas, uma vez que
precisamente aqui há a questão de “Compra para ti mesmo um amigo.”
“Faz para ti mesmo um rav” é uma história
diferente. Isto é, por vezes entre os amigos, um deseja executar, “Faz para ti
mesmo um rav” de uns para os outros. Porém, isto é especialmente entre amigos
que têm uma grande preocupação e estrito rigor e nem todos são adequados para
isso. Mas isto já não é considerado “amor de amigos,” ou seja aquilo que requer
o amor de amigos, uma vez que não há conexão com a obra, como me haveis
escrito.
Baruch Shalom HaLevi
Filho de Baal HaSulam