1920
Para minha carne e
sangue … o elevado e glorificado.
Agora eu vim para
responder à sua carta do 33º. da Contagem do Ômer [Lag BaÔmer],
junto com sua carta do 15º dia de Sivan, que recebi ontem, e para a qual
eu me contive em responder à sua carta de Lag BaÔmer, já que esperava
que você fosse me informar sobre a ordem de nomes fixos entre nós através dos
quais descobrem-se os pensamentos nos nossos corações. Entretanto, eu recebi o
argumento, “Eu não sei” ... e por isso agora, também, eu não serei capaz de
elaborar devido ao meu medo de que você entenderia mal. Eu irei por essa razão
esperar pela terceira carta; talvez eu possa discernir um modo claro pelo qual
eu farei você saber o que está em meu coração e não perderei o alvo.
Eu me arrependo do
longo período em que tenho desapontadamente gasto em vão em três longas cartas
– a primeira do 22º de Shevat, na qual eu escrevi um bom poema para o
trabalho, que começa:
De fato, deixo minha
língua tocar o céu de minha boca; todos os
meus ossos estão
secos de óleo.
E do trabalho do
Senhor é toda poção.
E a vida de todos,
nEle seja acreditada.
Outra carta do dia
10º de Adar, na qual interpretei um [comentário] desconcertante do Midrash:
“Um hegemônico perguntou a um dos membros da casa de Selini. Ele disse a ele:
“Quem irá assumir o trono depois de nós?”
Ele trouxe um pedaço
limpo de papel, pegou uma caneta e escreveu nele, ‘E depois disso saiu o seu
irmão’, etc. Eles disseram, ‘Olhe, palavras antigas da boca de um jovem que é
velho’”. Eu tinha explicado a maravilhosa verdade nessas palavras.
Uma terceira carta do
terceiro dia da [porção da Torá] VaYikrá, na qual eu expliquei a disputa
entre a casa de Shamai e a casa de Hilel considerando como dançar perante a
noiva, assim como um verdadeiro e pertinente poema que se inicia:
Por favor veja, de
quem é a assinatura?
É uma questão para
todas as pessoas do mundo.
E para o fogo
ardente/ Como um homem injusto ou uma mulher rebelde.
Eu não encontro uma
falha neles que poderia ter causado suas perdas, exceto que você as poderia ter
entendido mal devido à falta de clareza entre nós. Por essa razão, é um grande
mandamento quebrar essa parede de ferro que se encontra entre nós, onde um não
entende a linguagem do outro, como na geração da Babilônia.
E o que você provou
extensivamente na sua carta, para evidentemente mostrar que os alicerces do
nosso amor estão baseados no “amor oculto”, e concluiu disso que o que você
considera uma conclusão clara que não há temor de maneira alguma relativo a
todas as perguntas que eu lhe fiz. Essas são as suas palavras, literalmente:
“Contudo, eu não temo de maneira alguma de suas perguntas sobre mim referentes
a você, ou de você referentes a mim. Elas estão todas aniquiladas e anuladas, e
você, não deveria temer de maneira alguma ou olhar para essa fachada, mas, pelo
contrário, para a revelação interna do seu coração, como um amante que esconde
uma miríade de pensamentos impetuosos que passam pelo seu coração, e faz um
pão, bom e forte, para repelir todos os picles, comidas picantes, alho e
cebola. Através desse pedido eu não quero dizer para aumentar o amor ou
revogá-lo, pois o amor permanece no seu lugar, perfeito e inteiro,
completamente imutável, no qual não há nada a adicionar ou subtrair.
Entretanto, não se
sinta arrependido desnecessariamente – e porquê e para que, pois pela sua
tristeza você somará à minha, e você certamente não quer que eu fique triste –
eu tenho por essa razão sugerido essas duas dicas a você, pois são verdadeiras
e simples”, até aqui as suas palavras.
O que farei se não
posso mentir mesmo quando a verdade é amarga?
Por essa razão, eu
devo dizer a você a verdade: eu ainda estou desconfortável com todas as suas
palavras soberbas. Se isto te machuca, a verdade ainda é a minha mais amada.
Está escrito, “Ame o teu amigo como a ti mesmo”, e “Aquilo que você odeia, não
faça ao seu amigo”, então como posso deixá-lo com a “coisa agradável” se não é
real? Isto é verdadeiramente detestado por mim e eu devo expeli-lo e totalmente
repeli-lo.
Especialmente, com
relação ao assunto mais importante, chamado “amor”, que é a conexão espiritual
entre Israel e seu Pai no céu, como está escrito, “E Vós deveis trazer-nos,
Nosso Rei, para Seu grande nome, Selá, em verdade e amor”, e como está
escrito, “Que escolhe Teu povo, Israel, com amor”. Este é o começo da salvação
e o Gmar HaTikún (Fim da Correção) quando o Criador revela às Suas
criações – as quais Ele criou – todo o amor que estava anteriormente oculto no
Seu coração, como você bem sabe.
É por isto que eu
devo revelar-lhe as imperfeições que tenho sentido nas suas duas iguarias: a
primeira razão da sequência de três vezes que é mais valiosa que um amor
mundano entre amigos. Você foi muito errado nesta parábola, comparando e igualando
rudimentarmente, amor espiritual com amor de amigos que é condicional –
revogado quando o assunto é revogado.
No outro motivo, você
adicionou insulto à injúria para apoiar o nosso amor pelo amor natural de
equivalência que está presente conosco, em grande medida.
Eu imagino, “mestre
de Avraham, você teve de suportar a lição sem uma fonte”, que nosso amor
é rudimentar e perpétuo, dependente do amor da equivalência natural, a qual
pode ser anulada, e “Quando o arrimo falha, o apoio cai”.
Mas eu sou de um, e
quem pode me mudar? E eu devo lhe dizer, se você for um contador de estórias,
não compare o amor “rudimentar, espiritual” com o amor de amigos que é
dependente de alguma razão que será, em última instância, cancelado, mas sim o
amor entre pai e filho, o qual é também rudimentar, incondicional.
Venha e veja a
maravilhosa prática neste amor. Parece que, se a criança é filha única de seu
pai e mãe, a criança deve amar seu pai e sua mãe mais ainda, pois eles mostram
a ela mais amor que os pais que têm muitas crianças.
Entretanto, na
realidade, não é assim. Pelo contrário, se os pais se tornam extremamente
ligados aos seus filhos pelo seu amor, o amor de seus filhos é então muito
reduzido e diminui. Às vezes, isto se torna evidente até mesmo entre os filhos
desse tipo de amor que “O sentimento de amor tenha sido inteiramente saciado em
seus corações”. Este é um costume que faz parte das leis da Natureza e é
aplicado no mundo.
A razão para isso é
simples: O amor do pai pelo seu filho é rudimentar e natural. Assim como o pai
deseja que seu filho o ame, o filho também deseja que seu pai o ame. Esse
desejo em seus corações produz neles um medo incessante e constante. Ou seja, o
pai tem muito medo de que seu filho o odeie de qualquer forma, até mesmo o
menor do menor, e o filho, também, teme que seu pai possa odiá-lo, em qualquer
medida, a menor da menor.
Este “medo constante”
os motiva a mostrar boas ações entre eles. O pai sempre se esforça para mostrar
seu amor verdadeiramente ao seu filho, e o filho, também, constantemente se
esforça para mostrar seu amor verdadeiramente para seu pai, tanto quanto pode.
Desta forma, os sentimentos de amor se multiplicam em ambos os corações,
sempre, até que um prevaleça sobre o outro em boas ações para uma grande e
completa medida. Em outras palavras, o amor paternal do pai aparece para o
filho na totalidade, tal que nele não possa haver adição ou subtração.
Ao atingir aquele
estado, o filho vê “amor absoluto” no coração de seu pai. Eu desejaria dizer
que o filho não tem medo que seu amor diminua, nem espera que seu amor irá crescer.
Isto é chamado “amor absoluto”.
Então, lentamente, o
filho fica mais negligente em mostrar boas ações diante de seu pai. Na medida
da diminuição das boas ações e amostras de amor no coração do filho para o seu
pai, a esta mesma medida as centelhas do “amor rudimentar” que foi gravado no
coração do filho pela atenuação da Natureza. Uma segunda natureza é produzida
nele, próxima ao ódio, pois todas as boas ações que seu pai faz com ele são
baixas e pequenas aos seus olhos comparado com a obrigação do “amor absoluto”
que tem sido estampada nos seus órgãos. Este é o significado das palavras, “eu
não sou merecedor de todas as suas clemências, e de toda a verdade”, e pesquise
profundamente isso, pois isto é profundo e longo.
E visto que é sempre
minha conduta louvar os sistemas da Natureza,
os quais o Criador
gravou e organizou em nosso favor todos os dias, eu contarei a você a razão
para instilar este limite. Não é que Ele tenha má vontade, Deus proíba. Pelo
contrário, são todas as multiplicações na espiritualidade, pois a principal
coisa desejada pelas criaturas do Criador é a Dvekút [adesão], e não há Dvekút
(adesão) a não ser por amor e prazer, como está escrito, “E nos traga mais
próximos, nosso Rei, ao Teu grande nome, Selá, em verdade e amor”. Com
que amor eles disseram? Com amor completo, pois o completo não pode ser
deficiente, e amor completo é “amor absoluto”, como dito acima.
Por essa razão, como
pode haver no seu desejo Dvekút que se eleve e seja obtida por todas as
aventuras que tenham vindo sobre eles? Este é o significado do Criador vestir
uma alma no corpo e numa matéria sombria, a qual finalmente encontrou o que
precisa para realmente exibir amor, e a deficiência da demonstração do amor no
seu próprio coração, pois a natureza da substancia é incitar a supressão de
qualquer sentimento de amor que já tenha adquirido.
Nessa maneira, “O
completo excede o completo”, e há um conhecimento absoluto no amor completo e
absoluto por parte do intelecto. E ainda, mais amor pode ser adicionado, e se
ele não adiciona amor, ele certamente subtrairá e todas as posses que ele tenha
adquirido certamente se extinguirão. Este é o significado de “E a terra não
será vendida para sempre”. Estas são todas palavras sinceras e verdadeiras, e
você deve valorizá-las até o fim dos dias.
Agora você entenderá
meus pensamentos sobre você, pois eu vejo que você não tem medo que meu amor
por você esfriará e que meu amor por você é um amor absoluto. Você escreveu
explicitamente que nosso amor sempre se sustentará, “sem acréscimos ou
subtrações”. Mas ao final, nossa espiritualidade está vestida na matéria, e a
natureza da matéria é resfriar por causa do amor absoluto. Esta é uma lei
inquebrável.
Por essa razão, além
disso, se você sente nosso amor como completo, você deve agora começar a
realizar ações verdadeiras, “para mostra amor”, devido ao medo do esfriamento
que aparece do sentimento do amor absoluto, negando qualquer medo. Deste
modo o desejo e o amor aumentam duplamente. Isto é chamado “multiplicação”.
Minhas palavras são
ditas por ver, e “Um juiz vê apenas o que seus olhos veem”, e nenhum escrutínio
e dúvida repelirá minhas palavras. Se você não sente minhas palavras em seu
coração, é devido a estar aborrecido com sua própria perda. Mas quando você
encontrar a perda e o problema for removido, então olhe dentro de seu coração e
você o encontrará vago de qualquer sentimento de amor, devido à falta de ações
verdadeiras para mostrar o amor, e isto é claro. Mesmo agora, as algemas do
nosso amor estão sendo levemente sacudidas devido à “perda do medo” devido
ao conhecimento do que é o amor absoluto.
Mas ouça-me e você
sempre será feliz, pois ninguém é tão sábio como o experiente. Por essa razão,
eu devo avisá-lo a evocar de dentro de você o medo da frieza do amor entre nós.
E embora o intelecto rejeite este retrato, pense por si mesmo – se existe uma
tática através da qual aumente o amor e uma que não aumente, que, também, é
considerada uma falha.
É como uma pessoa que
dá um grande presente ao seu amigo. O amor que aparece no seu coração durante o
ato é distinto do amor que permanece no coração após o fato. Pelo contrário,
ele gradualmente míngua cada dia até que a benção do amor possa ser
inteiramente esquecida. Deste modo, o receptor do presente deve encontrar uma
tática todo dia para tornar isso novo aos seus olhos a cada dia.
Este é todo nosso
trabalho – mostrar o amor entre nós, todo e cada dia, exatamente como recebido,
ou seja, aumentar e multiplicar o intelecto com muitas adições à essência, até
as bênçãos adicionais de agora estarão tocando os nossos sentidos como o
presente essencial no início. Isso requer grandes táticas, definidas para o
momento da necessidade.
Este é o significado
das palavras, “Naqueles dias eles não mais dirão, ‘Os pais comeram uvas
verdes, e os dentes dos filhos se embotaram.’ (Ezequiel 18:2) ... Qualquer homem
que coma uvas verdes, seus dentes tornar-se-ão embotados.” Ou seja, enquanto
eles não vieram a saber – que uma demonstração de amor e necessária – eles não
poderiam corrigir o pecado de seu pai, que é porque eles disseram: “Os pais
comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram”.
Mas uma vez que eles
chegaram a este estado de consciência, eles foram prontamente recompensados com
a correção do pecado de seus pais, e qualquer falha que eles encontrem, eles
saberão que eles pecarão mostrando amor, como foi dito acima. Por essa razão,
cada dia será como novo aos seus olhos, como numa primeira vez. A medida da
demonstração do amor naquele dia, eles atrairão a Luz até que isto seja
sentido. E eles deveriam sentir apenas um pouco, isto é devido a se ter comido
um fruo verde naquele dia, pois naquele dia eles não mostraram amor suficiente
e comeram prematuramente. É por isto que diminuiu em seus sentidos, pois não é
como da primeira vez.
As palavras são
primariamente uma lei para o Messias, mas são também aplicáveis a este mundo,
visto que fortalecendo o coração para mostrar amor entre ele e seu Fazedor, o
Criador instila sua Divindade nele em lembrança, como em, “Em todo lugar onde
eu fizer recordar o Meu nome, eu virei a ti e te abençoarei” (Êxodo 20:24).
Quando a lembrança
aumenta pelo trabalho atual, o desejo e anseio aumentam, como em, “E espírito
chama espírito e traz espírito”, e assim por diante. Finalmente, as lembranças
aumentam e crescem pelo desejo ardente, e ascende em boas ações, para “Todos os
centavos se juntam numa grande quantidade”, e este é o significado de “Eis, com
Ele vem o Seu galardão, e a Sua obra, diante dEle” (Isaías 62:11).
Eu tenho sido prolixo
sobre isso, embora o intelecto seja curto em estudo. Entretanto, demora muito
para adquirir este conceito até que seja absorvido nos órgãos.
E ainda, isto é todo
o despertar de baixo – que a velocidade de correção, durante as correções, e a
medida da multiplicação, após o Gmar HaTikún (Fim da Correção) durante o
trabalho no lado desejado, depende da medida para a qual ela é dotada.
Você não deveria
duvidar de minhas palavras, pois do contrário “O prosélito está acima e o
cidadão está abaixo”, pois a medida do amor é volitiva, dependendo do coração,
não é intelectual. Por essa razão, como ele pode ser mostrado no topo de todos
os degraus intelectuais, como eu tenho elaborado?
Mas todo aquele que
experimentar e ver que o Senhor é boa testemunha de todas essas coisas, visto
que nós estamos lidando com a Dvekút (adesão) com o Criador aqui, e Sua
unicidade inclui todos os discernimentos do mundo. Ainda assim, não há dúvida
de que não há nada corpóreo sobre sua unicidade e, portanto, nenhum passo fora
de um objeto intelectual.
Por essa razão, todos
que são recompensados com a adesão a Ele crescem mais sábios, pois eles aderem
com o intelecto simples. Durante a Dvekút, o adorador está aderido ao
adorado pela mera força de mostrar seu desejo e amor. Mas nEle, o desejo,
intelecto e saber estão em simples unidade, sem nenhuma diferença de forma,
como nas leis da corporeidade, e isto é simples. Por essa razão, a obtenção da
revelação do Seu amor é a maior benção do intelecto.
Venha e aprenda do
trabalhador completo (completo mesmo no despertar de cima). Pergunte às pessoas
idosas e eles te dirão que um completo é completo em tudo, e tem conhecimento
completo na “bênção em seu futuro”. E porém, isto não o enfraquece sob qualquer
condição por causa disso—da labuta em Torá e a
busca.
Pelo contrário,
ninguém se aplica na Torá e na busca tanto quanto ele. Isto é por uma simples
razão: Sua labuta não é suficiente para trazer um bom futuro para si mesmo. Ao
contrário, todo a sua labuta está na forma de mostrar amor entre ele e seu
Fazedor. Isto é porque os sentimentos de amor crescem e multiplicam a cada dia
até que o amor esteja completo, na forma de “amor absoluto”. Posteriormente,
isto o leva a duplicar sua totalidade na forma do despertar de baixo.
A propósito, eu
esclarecerei para você o significado da Tzedaká1 para os pobres, que é
tão louvada no Zohar, os Tikúnim, e pelos nossos sábios: Há um
órgão no homem com o qual é proibido trabalhar. Mesmo seo menor dos menores
desejos para trabalhar com ele ainda exista no homem, este órgão permanece
aflito e ferido pelo Criador. Ele é chamado “pobre”, pois todo seu sustento e
provisão são pelos outros trabalhando por ele e se compadecendo por ele. Este é
o significado das palavras, “Qualquer um que sustente uma única alma de Israel,
é como se ele sustentasse um mundo inteiro”. Visto que o órgão depende dos
outros, não há nada além do seu próprio sustento.
E ainda, o Criador
considera como se ele sustentasse o mundo inteiro, que isso em si é toda a
benção do mundo e tudo nele, multiplicado e completado somente pela força
daquela pobre alma, a qual é sustentada pelo trabalho dos outros órgãos.
Este é o significado
de “E Ele o levou para fora e disse, ‘Olha agora para os céus...’ E creu ele no
Senhor, e imputou-lhe isto por justiça” (Gênesis 15:5-6). Isto é,
levando-o para fora, havia mais desejo de trabalhar com este órgão; é por isso
que Ele o proibiu o trabalho.
Foi dito, “Olha agora
para os céus”. Ao mesmo tempo, ele recebeu a promessa da benção da semente.
Estes são equivalentes aos dois opostos nos mesmos assuntos, visto que toda a
sua descendência, que está para ser abençoada, necessariamente vêm desse órgão.
Deste modo, quando ele não está trabalhando, como ele irá encontrar a semente?
Este é o significado
de “ E creu ele no Senhor”, ou seja, que ele aceitou aquelas duas recepções
como elas eram, tanto a completa proibição no trabalho, quanto a promessa da
benção da semente.
E como ele as
recebeu? É por isto que ele conclui, “e [ele] imputoulhe isto por justiça”, ou
seja, como a forma da Tzedaká para um [indivíduo] pobre que é sustentado
pelo trabalho de outros.
Este é o significado
dos dois ditados de nossos sábios: Um [indivíduo] pensou que o Criador o
trataria com justiça, ou seja, manter e sustentá-lo sem trabalho e outro pensou
que Avraham agiria com justiça para com o Criador. Ambas são palavras de
amor a Deus, pois antes da correção, aquele órgão está nos Céus, e a Tzedaká
é contada para o mais inferior. No Gmar HaTikún (Fim da Correção) é
atingível, e então a doação para a Tzedaká é contabilizada para o mais
elevado. Saiba e santifique pois isto é verdade.
Yehuda Leib
1 Nota do tradutor: Tzedaká
é comumente traduzida como caridade, mas vem da palavra hebraica Tzédek (Justiça)
ligada a palavra Tzadik (justo) como um adjetivo, significando, assim,
atos de justiça.