1926
Querido…
…Todavia, deixai-me escrever-vos, a respeito do pilar médio na obra de Deus, de modo a que sempre seja um alvo para vós entre a direita e a esquerda. Isto assim é pois há aquele que caminha, que é pior que aquele que se senta inactivo. É aquele que se desvia da estrada, pois o caminho da verdade é uma linha muito fina que um caminha até que ele chegue ao Palácio do Rei.
Aquele que começa a caminhar no princípio da linha precisa de grande cuidado de modo a não se desviar para a direita ou para a esquerda até tanto quanto a grossura de um cabelo. Isto assim é pois se inicialmente o desvio é da grossura de um cabelo, até se ele continuar completamente a direito, é certo que não entre mais no palácio do Rei, pois ele não pisa a linha verdadeira, assim:
e esta é uma verdadeira comparação.
Deixa-me explicar-te o significado do pilar médio, que é o sentido de "A Torá, o Criador, e Israel, são um." O propósito da alma, quando ela vem até ao corpo, é o de ser recompensada com retornar à sua raiz e de se apegar a Ele, enquanto ainda revestida no corpo, como está escrito, "de amar o Senhor teu Deus, e percorrer em todos os Seus caminhos, e manter os Seus mandamentos, e se apegar a Ele." Tu verás que a questão termina em "se apegar a Ele," como foi antes a se revestir no corpo.
Contudo, grande preparação é requisitada - que é de percorrer todos os Seus caminhos. Todavia, quem sabe os caminhos do Criador? Certamente, este é o significado de "Torá, que tem 613 caminhos." O que os caminha irá finalmente ser purificado até que seu corpo não mais seja uma partição de ferro entre ele e seu Fazedor, como está escrito, "E eu irei levar o coração de pedra de dentro de tua carne." Então irá ele apegar-se ao seu Fazedor tal como foi antes do revestimento da alma no corpo.
Acontece que existem três discernimentos: 1) Israel é o que se esforça a si mesmo para voltar à sua raiz. 2) O Criador, é a raiz pela qual um anseia. 3) Os 613 caminhos da Torá, pelos quais um purifica a sua alma e corpo. São o tempero, como está escrito, "Eu criei a inclinação do mal, Eu criei para ela a Torá como tempero."
Porém, estes três são na verdade um e o mesmo. No fim, qualquer servo do Criador os alcança como um, unido e unificado discernimento. Eles apenas aparecem estar divididos em três devido a nossa incompletude no trabalho de Deus.
Deixa-me clarifica-lo a ti um pouco: tu verás a sua ponta, mas não a sua totalidade, excepto quando Ele ta oferece. É sabido que a alma é uma parte de Deus Acima. Antes que ela venha para um corpo, ela está anexada como um ramo à raiz. Vê no principio de A Árvore da Vida, que o Criador criou os mundos porque Ele desejou manifestar os Seus Nomes Sagrados, "Misericordioso" e "Gracioso," e se não houvessem criaturas, não haveria ninguém para quem ter misericórdia.
Todavia, quanto a caneta permite, e como eles disseram, "Toda a Torá é apenas os nomes do Criador." O significado de realização é o de "o que não alcançamos, não definimos por um nome." Está escrito nos livros que todos estes nomes são a recompensa das almas, compelidas a vir para dentro do corpo, e sua estatura de acordo com a sua realização.
Há uma regra: O sustento de qualquer coisa espiritual é de acordo com o mérito de a saber. Um animal corpóreo sente-se a si mesmo porque ele consiste de mente e matéria. Então, uma sensação espiritual é um certo discernimento, e a estatura espiritual é medida pela quantidade de conhecimento, como está escrito, "Um é louvado de acordo com a sua mente." Contudo, o animal sabe; ele não sente de todo. Mergulhai nisto profundamente.
Compreende a recompensa das almas: Antes que uma alma venha para um corpo, é apenas um pequeno ponto, embora anexado à raiz como um ramo a uma árvore. Este ponto é chamado "a raiz da alma e seu mundo." Tivesse ele não entrado neste mundo num corpo, ele teria apenas o seu próprio mundo, isto é a sua própria parcela da raiz.
Porém, quanto mais é ele recompensado com percorrer nos caminhos do Criador, que são os 613 caminhos da Torá que voltam a ser os próprios Nomes do Criador, mais a sua estatura cresce, de acordo com o nível dos nomes que ele alcançou.
Este é o significado das palavras, "o Criador concede a todo e cada justo Shay (310 na Gematria) mundos." Interpretação: a alma consiste de dois justos: Justos Superiores, e Justos Inferiores, como o corpo é dividido do Tabur (umbigo) para cima e do Tabur para baixo. Então ela adquire a Torá escrita e a Torá oral, que são duas vezes Shay, sendo TaRaCh (620 na Gematria). Estes são os 613 Mitzvot da Torá e os sete Mitzvot de Rabanan (dos nossos grandes Rabis).
Está escrito na Árvore da Vida, "Os mundos foram criados apenas para revelar os nomes do Criador." Então, tu vês que desde que a alma desceu para vestir esta substância imunda, ela não mais se podia apegar à sua raiz, ao seu próprio mundo, como antes de ela vir a este mundo. Em vez disso, ela deve aumentar a sua estatura 620 vezes mais do que tinha anteriormente na raiz. Este é o significado de toda a perfeição todas as NRNHY até Yechida. É por isso que Yechida é chamada Keter, implicando o numero 620.
Então, podes ver que o significado dos 620 nomes, sendo os 613 Mitzvot da Torá e os 7 Mitzvot de Rabanan, são na verdade as cinco propriedades da alma, ou seja NRNHY. Isto é porque os vasos das NRNHY são dos supramencionados 620 Mitzvot, e as Luzes de NRNHY são a própria Luz da Torá em todo e cada Mitzvah. Segue-se que a Torá e a alma são uma.
Porém, o Criador é a Luz de Ein Sof, revestida na Luz da Torá, encontrada nos acima 620 Mitzvot, como os sábios disseram, “toda a Torá é os nomes do Criador.” Isto significa que o Criador é o todo, e os 620 nomes são partes e itens. Estes itens são de acordo com os degraus e graus da alma, que não recebe a sua Luz de uma vez, mas gradualmente, uma de cada vez.
De tudo o mencionado, descobres que a alma está destinada a alcançar todos os 620 Nomes Sagrados, sua estatura inteira, que é 620 mais do que tinha antes vir. Sua estatura aparece nos 620 Mitzvot em que a Luz da Torá está revestida, e o Criador está na Luz colectiva da Torá. Então podes ver que "a Torá, o Criador, e Israel" são realmente um.
Voltemos à questão de que, antes da completude no trabalho de Deus, a Torá, o Criador e Israel aparecem como três discernimentos. Por vezes, um deseja completar a sua alma e retorna-la à sua raiz, que é considerada "Israel." E por vezes um deseja compreender os caminhos do Criador e os segredos da Torá, "pois se um não sabe os mandamentos do Superior, como O irá servir?" Isto é considerado "Torá."
E por vezes um deseja alcançar o Criador, de se apegar a Ele com completo conhecimento, e essencialmente se arrepende apenas disso, e não se agoniza sobre alcançar os segredos da Torá, e também não se agoniza sobre retornar a sua alma à sua origem, como era antes do seu revestimento num corpo.
Consequentemente, o que caminha sobre a verdadeira linha da preparação para o trabalho de Deus deve sempre se testar a si mesmo: Anseia ele os três mencionados discernimentos igualmente? Pois no final da acção equaliza com o seu principio. Se um anseia um discernimento mais que o segundo ou o terceiro, então desvia-se do caminho da verdade.
Então, é bom que te segures ao objectivo de ansiar pelo mandamento do Superior, pois "o que não conhece os caminhos do Superior e os mandamentos do Superior, que são os segredos da Torá, como irá ele O servir?" Entre todos os três, isto é o garante mais a linha do meio.
Este é o significado de, "Abre para mim uma abertura de arrependimento, tal como um ponto de agulha, e eu irei abrir para ti as portas onde carroças e carruagens entrem."
Interpretação: a abertura de um ponto de agulha não é para entrada e saída, mas para inserir o fio para cozer e para trabalhar.
Similarmente, tu deves ansiar apenas o mandamento do Superior, para trabalhar. E então eu irei abrir para ti uma porta tal como uma entrada para um salão. Este é o significado do Nome Explicito no verso, "mas realmente (soletrada como 'salão' em Hebraico) como eu vivo e toda a terra será preenchida com a glória do Senhor.”
Yehuda Leib