Eu ouvi em 9 de Nissan, 18 de Abril de 1948
Nossos sábios dizem sobre o versículo, “e Seus arredores muito turbulentos” (Salmos 50:3-4) que o Criador é particularmente meticuloso com os justos. Ele perguntou: “se eles são geralmente justos, por que merecem uma grande punição”?
A questão é que todas as fronteiras sobre as quais falamos quanto aos mundos são sob a perspectiva dos receptores, o que significa que as pessoas inferiores se limitam e se restringem a um determinado degrau, e assim permanecem abaixo. Acima, eles concordam com tudo o que os inferiores fazem, por isso, nessa medida a abundância se estende abaixo. Por isso, por seus pensamentos, palavras e ações, os inferiores induzem a abundância a descer do Alto desta maneira.
Resulta que se o mais baixo considera um ato ou palavra menores como um ato importante, seja uma cessação momentânea de adesão com o Criador, seja infringir a mais séria proibição na Torá, então consente-se acima com a opinião do inferior, e isso é considerado como uma infração a uma séria proibição. Assim, o justo diz que o Criador é particularmente meticuloso com ele, e assim como diz o inferior, assim se concorda acima.
Quando o inferior não sente uma proibição leve como séria, do alto, eles também não consideram as coisas mínimas que ele desobedece como grandes proibições. Por isso, tal pessoa é tratada como se fosse uma pessoa pequena, o que significa que suas opiniões e pecados são considerados pequenos. Eles são pesados como o mesmo, e a pessoa é considerada pequena, no geral.
Porém, aquele que se refere a coisas insignificantes e diz que o Criador é muito meticuloso sobre elas, este é considerado uma grande pessoa, e tanto seus pecados quanto seus preceitos são grandes.
Pode-se sofrer quando comete-se uma transgressão na medida que se sente prazer quando faz uma boa ação. Existe uma parábola sobre isto: Um homem cometeu um crime terrível contra a realeza e foi sentenciado a 20 anos de prisão com trabalhos forçados. A prisão era fora do país em algum lugar desolado no mundo. A sentença foi cumprida imediatamente e ele foi enviado ao lugar desolado no fim do mundo.
Uma vez lá, ele encontrou pessoas que também tinham sido sentenciadas pelo reino assim como ele, mas ele ficou doente com amnésia e se esqueceu de que ele tinha esposa, filhos, amigos e conhecidos. Ele pensava que o mundo todo não passava de trocar olhares neste lugar desolado com as pessoas que estavam lá; e que ele havia nascido ali e não sabia nada além disto. Assim, a verdade dele está de acordo com o seu sentimento presente e ele não tem lembranças da realidade verdadeira, apenas as de acordo com seu conhecimento e sensações.
Ali, foram-lhe ensinados regras e regulamentos para que ele não cometesse novas infrações, e se abstivesse das más ações que estavam ali escritas, e soubesse como corrigir suas ações de modo a ser libertado dali. Nos livros do rei, ele aprendeu que aquele que quebra uma tal regra, por exemplo, é enviado para uma terra isolada, longe de qualquer povoado. Ele ficou impressionado com a dureza da punição, e reclamou que fossem aplicadas
Shamati 61, Rav Yehuda Ashlag, Baal HaSulam