VaYéchi [Jacó Viveu]
22) “De longe o SENHOR me apareceu; ‘EU te amei com um amor interminável.’” “De longe” significa em exílio. Isto foi por causa do grande amor que aparece somente durante o exílio. Exiilio é a correcção; quando os filhos de Israel são liberados do exílio, o amor do criador CRIADOR por nós será revelado.
58) Rabbi Shimon disse, “Assim que me levantei e desci para iluminar no lugar dos rios.” Por outras palavras, ele elevou MAN e trouxe para baixo MAD para a Malchut da fonte dos rios, Biná. Está escrito, “Todos os rios fluem para o mar, todavia o mar não está cheio.” Todos os ministros no mundo foram criados da luz de Biná, e todos os rios no mundo derivam da SUA luz, ou seja que “Todos os rios fluem para o mar, todavia o mar não está cheio.”
“O mar não está cheio” é Malchut neste exílio, uma vez que as trevas e tristeza foram feitas pelo amor de Ima, Biná. Se as trevas não tivessem sido feitas, o rio que brilha para a filha, Malchut, não teria sido feito. Também, o mar não estará cheio e completo até que o outro lado chegue, aquele que não estava no exílio, o lado direito, que nenhuma Klipá governa, e então o mar, Malchut, se encherá.
116-117) Divindade está presente somente num lugar inteiro, e não num lugar deficiente ou num lugar defeituoso ou num lugar de tristeza, mas num lugar adequado—um lugar de alegria.
“Serve o SENHOR com alegria; vinde diante DELE com cantar.” Não há serviço ao CRIADOR senão por alegria.
120) Desde o dia em que Rabbi Shimon saiu da gruta, nada foi escondido dos amigos. Eles olharam para os altos segredos e foram revelados neles como se lhes fossem dados no tempo do Monte Sinai. Depois de Rabbi Shimon ter morrido, as fontes do abismo e as janelas dos céus foram fechadas. As fontes de sabedoria foram impedidas. Os amigos contemplavam as matérias, mas eles não se firmaram nelas, para conhecer seu significado.
156) Não temos realização em GAR, até nos GAR das dez Sefirot do mundo de Assiyá, mas somente em ZAT. Em ZAT, uns poucos escolhidos conseguem alcançar até em ZAT de GAR do mundo de Atzilut. O pai de Rabbi Yitzhak conta-nos que Rabbi Shimon segurava os ZAT de todos os Partzufim de Atzilut, até os ZAT de GAR de Atzilut.
157) Quanto mais é dado a um para viver neste mundo? Não há permissão para informar isto, e um não é informado disto. Mas Rabbi Shimon estava em grande alegria no dia de seu falecimento, e houve grande alegria em todos os mundos por causa dos muitos segredos que ele havia revelado então.
210) Quão importantes são as obras do REI SAGRADO. Nas acções que são feitas abaixo, eles atam-as às altas coisas no alto, na sua raiz, uma vez que qualquer coisa abaixo neste mundo tem sua raiz acima nos mundos superiores. E quando elas são trazidas abaixo e trabalhadas, o acto acima desperta correspondendo a elas, nas raízes nos mundos superiores.
212) “Todo e cada um que é chamado pelo MEU nome ... por MINHA glória,” para que EU seja respeitado. “Quem EU criei,” para ME unificar. “EU o formei” para fazer boas acções para MIM, e “EU o fiz” para evocar a força superior através disso.
237) As pessoas não olham, não sabem, e não observam que quando o CRIADOR criou o homem e o acarinhou com os Mochin superiores, ELE pediu que ele aderisse a ELE para que ele fosse único e tivesse um coração, e aderisse a um único lugar de Dvekut [adesão], que não muda—em ZA. Diz-se sobre isso, “EU o SENHOR não mudo,” e nunca se inverte, e tudo se ata a ele num nó de unificação.
295) “Os surdos escutaram e os cegos olharam, de modo a ver.” “Os cegos escutaram” são aquelas pessoas que não escutam as palavras da Torá e não abrem suas orelhas para escutar os mandamentos de seu MESTRE. “Os cegos” são aqueles que não olham para saber porque estão a viver cada dia, um arauto sai e chama, e não há nenhum que repare nele.
408) Quando as bênçãos se prolongam do alto, desta profundeza, Biná, todos os céus as recebem, ou seja ZA, e dele, elas se prolongam abaixo até que alcançem os justos, Tzadik e Tzedek, aliança interminável, a Nukva, e dela, todos os exércitos e todos os acampamentos, que são os inferiores em BYA, são abençoados.
414) Qualquer um que venha para servir o CRIADOR deve servir o CRIADOR na manhã e na noite.
426) Quando um homem sai para a estrada, ele deve definir sua oração diante de seu MESTRE, para prolongar a luz da Divindade sobre si mesmo, e então partir. Sucede-se que o Zivug da Divindade é redimi-lo no caminho e salvá-lo como quer que seja necessário.
495) Mulheres são abençoadas somente por machos, quando elas são abençoadas primeiro. E quando elas são abençoadas desta benção dos machos. Elas não necessitam de uma bênção especial sua. Então porque diz o versículo, “Abençoará a casa de Israel,” se a mulher não necessita de uma bênção especial? Certamente, o CRIADOR dá uma bênção adicional a um macho que é casado com uma mulher para que sua esposa seja abençoada por ele.
Similarmente, em todos os lugares, o CRIADOR dá bênção adicional a um macho que casou com uma mulher para que ela seja abençoada por esta soma. E uma vez que um homem casa com uma mulher, ELE lhe dá duas quotas, uma para si mesmo e uma para sua esposa. E ele recebe tudo, sua própria quota e a da sua esposa. É por isso que uma bênção especial está escrita para as mulheres, “Abençoará a casa de Israel,” pois esta é sua quota. Contudo, os machos recebem sua quota, também, e dão-a a elas mais tarde.
497-498) Todas essas almas que houveram desde o dia em que o mundo foi criado se encontram diante do CRIADOR antes de elas descerem para o mundo da precisa mesma maneira que mais tarde serão vistas no mundo. Na mesma aparência como o corpo de um homem que se encontra neste mundo, assim ele se encontra no alto.
Quando a alma está pronta para descer ao mundo, ela se encontra diante do CRIADOR na exacta mesma forma que ela se encontra neste mundo, e o CRIADOR conjura-a para manter os Mitsvot [mandamentos] da Torá e não romper as leis da Torá.
507) O som da roda rolante rola de baixo para cima. Escondidas Merkavot [estruturas/carruagens] vão e rolam. O som de melodias sobe e cai, e vagueia deambula pelo mundo; o som do Shofar [chifre de carneiro] se estica pela profundeza dos graus e orbita à volta da roda.
513-515) “ELE considerou a oração dos desamparados e não desprezou sua oração.” Deveria dizer, “ouviu” ou “escutou,” mas o que é “considerou”?
Certamente, todas as orações no mundo, orações de muitos, são orações. Mas uma oração solitária não entra diante do REI SAGRADO, senão com grande força. Isto assim é porque antes que a oração entre para ser coroada no seu lugar, o CRIADOR observa-a, e observa os pecados e méritos dessa pessoa, que ELE não faz com uma oração de muitos, onde várias das orações não são dos justos, e todas elas entram diante do CRIADOR e ELE não repara nas suas iniquidades.
“ELE considerou a oração dos desamparados.” ELE vira a oração e examina-a de todos os lados, e considera com que desejo a oração foi feita, quem é a pessoa que orou essa oração, e quais são suas acções. Assim, um deve orar sua oração no colectivo, uma vez que ELE não despreza sua oração, embora eles não estejam todos com a intenção e a vontade do coração, como está escrito, “ELE considerou a oração do desamparado.” Logo, ELE observa somente a oração de um indivíduo, mas com uma oração de muitos, ELE não despreza sua oração, embora eles sejam indignos.
678) É obrigação do homem unir o NOME sagrado, Nukva, com ZA, na boca, coração e alma, e conectar-se inteiramente em ZON, elevar MAN para eles como uma chama atada a uma brasa. E nessa unificação que isso faz, isso causa o REI a ser apaziguado com a rainha e alertar o REI de seu amor por ELE. Pela ascensão da alma por MAN até ZA, ela se torna uma linha média entre eles, faz paz e os une um com o outro.
688) Felizes são as pessoas no mundo que se envolvem na Torá, porque qualquer um que se envolva na Torá é amado acima e amado abaixo, e cada dia ele herda a herança do mundo vindouro, como está escrito, “Para dotar aqueles que me amam com substância.” A substância do mundo vindouro, Biná, cujas águas—sua abundância—nunca param, dado que aquele que se envolve na Torá recebe uma boa alta recompensa, com a qual outra pessoa não é recompensada, ou seja a substância, Biná. Por esta razão, este nome, Issachár, que se envolveu na Torá, implica que Yesh Sachár [há recompensa], e a recompensa daqueles que se envolvem na Torá é substância, Biná.
713-714) “Um sempre deve louvar seu MESTRE e então orar sua oração.” Aquele cujo coração é puro e deseja orar sua oração, ou está em apuros e não consegue louvar seu MESTRE, o que é ele?
Embora ele não consiga direccionar seu coração e vontade, porque deve ele diminuir o louvor de seu MESTRE? Em vez disso, ele louvará seu MESTRE embora ele não consiga apontar, e então ele orará sua oração. Como está escrito, “Uma oração por David. Escutai uma justa causa, Ó SENHOR, escutai meu cantar, escutai minha oração.” Aquele que consegue louvar seu MESTRE e não o assim faz, está escrito sobre ele, “Até se orais profusamente, EU não escuto.”
715) Isto assim é porque os inferiores no mundo de Assiyá não conseguem elevar MAN directamente a ZON de Atzilut, mas somente ao garu adjacente acima. Por sua vez, esse grau sobe mais alto, a aquele adjacente a ele de acima, e assim as MAN sobem de grau em grau até que as MAN alcançam ZON de Atzilut. É por isso que se diz que sob o despertar de baixo através da oferenda que os inferiores oferecem no mundo de Assiyá, acima desperta, também, ou seja que os graus no mundo de Yetzirá despertam para elevar as MAN que eles receberam de Assiyá ao mundo de Beriá. E sob o despertar dos graus de Beriá acima para aquele acima dele, o mundo de Atzilut, seu próprio superior adjacente desperta até que as MAN alcancem a Nukva e eleve as MAN até ZA, e ela dele. Acender a vela significa unir a Nukva, que é chamada “uma vela,” em ZA, para receber luz dele. Isto é considerado que ela é acesa com isso.
716) Como é isto feito? O fumo da oferenda começa a subir—essas formas sagradas nomeadas sobre o mundo de Assiyá. Elas são estabelecidas para surgir para elevar MAN, e elas despertam para graus acima delas no mundo de Yetzirá, em alto anseio, como está escrito, “Os jovens leões rosnam pela presa.” Aqueles no mundo de Yetzirá despertam para graus acima deles no mundo de Beriá até que o despertar alcança o lugar onde eles devem acender a vela, ou seja até ao rei, ZA, se desejar unir com a rainha, a Nukva.
717) O que são MAN? No anseio abaixo, águas inferiores sobem, ou seja MAN, para receber águas superiores, MAD, do grau acima delas. Isto assim é porque águas inferiores, MAN, nascem somente por um despertar do desejo do inferior. Nessa altura, o anseio do inferior e do superior se tornam anexos, e as águas inferiores nascem face às águas superiores descendentes, o Zivug termina e os mundos são abençoados, todas as velas se acendem, e os superiores e os inferiores estão em bênçãos.
717) Cada grau inferior é considerado uma fêmea em respeito ao grau acima dele. Logo, Assiyá é considerado uma fêmea em respeito ao grau do mundo de Yetzirá, e Yetzirá é considerado uma fêmea em respeito ao mundo de Beriá. Similarmente, o grau superior é considerado um macho em respeito a aquele abaixo dele, tal como Yetzirá ser considerado um macho em respeito ao mundo de Assiyá e Beriá é considerado um macho em respeito ao mundo de Yetzirá. Isto assim é porque a regra é que o dador é um macho e o receptor é uma fêmea.
E uma vez que um grau não consegue receber coisa alguma de um grau que seja mais que um grau acima dele, e recebe somente do seu grau superior adjacente, sucede-se que cada grau superior que dá é um macho, e cada grau inferior que recebe dele é uma fêmea. E através do anseio, quando cada inferior anseia receber abundância daquele acima, ele eleva MAN até ele de uma maneira que cada inferior eleva MAN a aquele acima dele, adjacente a ele, até que alcance Ein Sof. Nessa altura, Ein Sof faz descer abundância, MAD, e cada grau superior dá a abundância que ele recebeu ao grau abaixo dele, uma vez que as MAD cascateiam de um grau para o próximo, até aos inferiores no mundo de Assiyá.