Durante o exílio, considerado “o mundo
feminino”, o trabalho está em guardar. E aquele que coloca defeito na sua obra
pode perder aquilo que lhe é dado. E Dvekut (adesão) neste
mundo é pela força de guardar, e o adorno da força de guarda é pela elevação da
emoção, bem como a elevação da sua plenitude e a força de sua Dvekut.
Contudo, no futuro, não há medo de perda e
roubo, pois a morte será engolida para sempre. E aqui, a obra está limitada a
“recordar.” E embora em correspondência, uma forma deveria ser suficiente, a
natureza do corpo é de se cansar da mesma forma. Assim, formas devem ser
vestidas e despidas uma de cada vez, para que o corpo pareça ter uma forma
diferente cada vez, para aumentar o desejo. Isto é semelhante a bloquear os
olhos do cavalo enquanto ele circula a mó, de modo a não o cansar.
Isto é muito profundo e grave, uma vez que
é simples: Sua vontade do servo é a mais louvável. Também, é sabido que quão
mais próxima é a obra da natureza, melhor ela é. A regra é que se o amor de um
dos dois amantes aumenta para uma completa e absoluta medida, ou seja “natural
e completa,” a força inteira do amor murchará no outro.
E embora esta razão evidentemente
demonstre a medida do amor do amante, sua habilidade de amar seu amigo em
retorno não crescerá de todo. Além do mais, correspondendo à sensação da
totalidade do amante, o sentido de amor gradualmente se extinguirá nele, pois
ele não o temerá, pois seu amor é absoluto. Por esta razão, a medida da
espiritualidade, o amor na natureza do sujeito amado, será anulado e corrompido.
Certamente, Sua vontade é proclamar Seu
amor, todavia permitindo espaço para “expandindo os limites do amor.”
Estes dois são opostos, uma vez que quando
seu amor se torna conhecido, ele adquire uma forma mandatária, como o perfeito
amor natural. Assim, há zero de espaço para trabalhar, para expandir o amor,
uma vez que que o completo e leal amante fica insatisfeito com a recompensa do
amado em troca pelo seu amor, como está escrito, “Se estiveres certo, o que lhe
darás?”
Além do mais, quando o amante sente que
seu amado tem um desejo de o amar em troca por certa recompensa, esse lugar se
torna deficiente. Isto assim é porque quando há um desejo por recompensa, seu
amor muda quando a recompensa está ausente. Logo, o amor não é absoluto. Por
esta razão, ele não é completo e natural, mas condicional, e quando a condição
é cancelada, o amor é cancelado, como em, “uma visão de paz, e não há paz.”
É evidentemente sabido que os malditos
não se apegam aos abençoados, como está escrito, “Darei sabedoria aos sábios. E
a servidão em acrescentar e expandir a completude não se relaciona de todo a
aquele que é deficiente, mas ao obreiro verdadeiramente completo. E para o
obreiro completo, parece que ele não tem espaço para trabalhar de todo.
Este é o sentido de “recordar,” tal como
quando um conta ao seu amigo amável: “Aqui está um saco cheio de jóias, para
demonstrar meu amor.” Deste modo, o amado se esforça para contar a soma com
exactidão, em prol de revelar o amor no seu próprio coração, também. Deste
modo, o amor em si mesmo não muda de todo quando seu trabalho não é contado,
uma vez que ele já o tem.
Porém, para retribuir certa recompensa a
aquele que o ama, ele toca nas jóias extensivamente em prol de ser recompensado
com demonstrar uma grande medida de amor. Desta maneira, as sensações de amor
alcançam sempre de um ao outro e se multiplicam, enquanto a essência não é
alterada.
Este é o sentido de adoptar diferentes
combinações. Embora a essência seja a mesma, não perder ou corromper sequer uma
minúscula centelha de divulgação potencial das “forças ocultas que existem na
matéria,” ela aparece em novas combinações cada vez, que o olho corpóreo nunca
viu. Com isso, a matéria prova um novo sabor e domina-se a si mesmo para sofrer
e retribuir sempre e para sempre. Isto é semelhante a muitas refeições, das
quais a matéria está satisfeita e deseja duplicar essa forma muitas vezes, ou
acasalamentos, uma vez que novos sabores estão sempre disponíveis para ela.
Agora compreendeis a associação da matéria
num corpo e alma. Devido à matéria, na qual o “esquecimento” se encontra
enraizado, e ainda pior, ao extinguir qualquer espécie de amor absoluto, que
ela dá à alma espaço para trabalho mandatário, ou seja regressar em diferentes
combinações cada vez. Inversamente, o defeito alcançará a alma, também, devido
à mascara nas raízes na matéria. E embora o amor em si mesmo seja perfeito e
completo, ele está aparentemnete coberto devido à matéria. E ao ser obrigada a
retornar e repetir, as adições aumentam além do fundo, e os limites do amor
maravilhosamente se expandem.
Agora podeis compreender o sentido de “a
terceira geração pode entrar na assembleia do Senhor.” Na primeira geração
havia a Klipá (casca) do
Egípcio, como se o lugar fosse demasiado estreito. Isto assim é porque embora o
amante e o amado estejam na desejada plenitude, eles carecem do espaço no qual
expandir e se multiplicar, uma vez que devido à sucção da matéria, a alma deve
divulgar o amor na matéria, também.
Não há solução para isso excepto
evidentemente demonstrar seu amor, com grande trabalho e grande força, uma vez
que a matéria não tem outra língua senão emoções. Assim, à medida de suas
emoções, seu amor encontra-se a si mesmo obrigado a retribuir recompensa com
sublime trabalho e grande força. Desta forma, quando a alma sente Seu completo
e absoluto amor, não condicionado por qualquer coisa, o trabalho da matéria cai
inteiramente, pois “Um não paga por nada.” Esta é uma lei da natureza corpórea
(para fazer espaço, etc.) assim, nessa altura, a substância se esforça com sua
gratidão e subjugação de acordo com seus sentimentos, ou seja repetidamente louvando
e agradecendo.
E de acordo com o supramencionado, a
matéria fica cansada da primeira combinação e do primeiro sabor, e isto
causa-lhe diminuição da sensação, e assim diminuição da gratidão, até que ela
pare até este minúsculo trabalho. E uma vez que ela permanece sem trabalho, e
vê o amor absoluto, ela coloca a Klipá do Egípcio da
perspectiva do Superior.
Subsequentemente, na segunda geração houve
exactamente a mesma Klipá como na primeira geração, com a Klipá adicionada
do Edomita, ou seja de não regressar e repetir de todo, como era costume da
primeira geração, que independentemente, tinha uma boa razão para divulgar a
sensação de gratidão.
Mas “a terceira geração que nasce deles
pode entrar na assembleia do Senhor,” pois na terceira geração foi esse lugar
revelado. Isto, é, no sagrado Atik, a arca-cobertura que foi
considerada o propiciatório, e as duas foram sentidas juntas. Significa isto
que fazer um lugar para trabalhar prontamente revela uma grande medida da luz
do amor, e doravante ele saberá que essa prevenção de retribuir uma recompensa previne
a luz do amor. Por esta razão, ele se esforça até que encontre o retorno da
recompensa até se estiver num estado de plenitude, pois ele deve, resolver a
adivinha do todo, e não há nenhum que seja pleno. E doravante, ele é uma
ferramenta pronta para trabalhar.
Poderíamos dizer que há espaço para que o
trabalhador completo sirva noutros corpos para os complementar, pois esta não é
completude em Natureza, pois a Natureza manda revelar, ou seja o próprio
regresso da recompensa, para que ele não seja dependente das visões dos outros,
e caso não venha a ser encontrado, etc. Mas aquele que encontra servidão em si
mesmo sempre serve Deus, e nunca repousa. E a essa medida essa luz do Seu
amor é sempre interminável, nunca acabando.
Dois Pontos
Dois pontos para cada aspiração: um em
ausência, e outro da saciedade em diante. A diferença entre eles é que a
aspiração que deriva do medo da ausência, enquanto pairando até aos mais altos níveis, aos mais escolhidos, ainda assim, quando cansado, ele se acomoda pelo
mais pobre dos pobres, e come até à
saciedade, e para cobrir Atik para que ele não esteja ausente.
Mas a aspiração que deriva do ponto de saciedade, ou seja que ele não será
deficiente ou que se pareça sem ele, nessa altura ele não fica contentado com
um pouco qualquer coisa, e aspira somente ao mais escolhido da realidade. E se
não for nessa medida, mas em vez disso for vulgar, ele não quererá trabalhar e
labutar por isso de todo.
Por exemplo: Aquele que tende para tocar
música é deficiente até que ele a adquira. Ele não repousará até que tenha
adquirido uma certa medida da habilidade de tocar. E até se lhe for dito que
ele não tem esperança em se tornar um músico reconhecido, mas somente um comum,
ele ainda assim não desistirá da sua aspiração e não se acomodará com menos, se
esforçando para pelo menos adquirir o pouco que possa adquirir. Mas aquele que
não tem inclinação para tocar música para começar, e não sente fome por este
conhecimento, deve um músico o abordar e lhe dizer que se deve esforçar sobre
esta arte, ele lhe responderá até antes que tenha completado sua pergunta, “Não
tenho dúvida que não alcançarei grandeza neste ensinamento, e serei um músico
vulgar, é o mundo deficiente sem mim?”
Certamente, esta embutido pela Sua
providência sobre o homem que qualquer aspiração que surja após o ponto de
saciedade não será desejável senão para os escolhidos desse tempo.
Com isso entendereis uma questão profunda,
que embora as gerações declinem em valor, elas se estão a expandir em desejada
deficiência e correcção final. Isto assim é porque as primeiras gerações, que
eram pessoas, elas mesmas tiveram uma grande e terrível deficiência na prevenção
de obras Divinas. Assim, eles não expandiram sua aspiração, por medo de a
perder inteiramente, e ficavam felizes e contentes com o pouco que alcançavam. É
por isso que elas tiveram pequenos e curtos movimentos no seu trabalho, pois
devido ao seu reconhecimento do grande valor, elas se acomodaram por pouco.
Este é o sentido do mérito em queda das
gerações até que tivessem chegado ao encolhimento final na nossa geração,
quando a sabedoria de autores é nauseabunda e aqueles que temem o pecado são
desprezados. Nesse estado o público se sente contente e não são obrigados à obra
de Deus de todo, não sentindo qualquer carência na sua ausência. Até aqueles
que se envolvem na obra, isso é meramente por hábito. Eles não têm sede ou
aspiração para encontrar qualquer ponto de conhecimento na sua obra.
E caso um sábio lhes diga, “Vinde,
deixai-me ensinar-vos sabedoria, para compreender e instruir na palavra de
Deus,” eles prontamente respondem, “Eu já sei que não serei como Rashbi e seus
amigos, e deixai as coisas estarem como são, e desejo que pudesse observar a
literal na totalidade.” Contudo, diz-se sobre eles, “Os pais comeram uvas
amargas, e os dentes dos filhos tornam-se cerrados,” pois eles se envolvem em
Torá e Mitzvot (mandamentos) que são imaturos, e os dentes de
seus filhos se tornarão absolutamente cerrados, e questionam-se porque precisam
deste trabalho. Ela é para vós, e
não por Ele, e vos, também, cerrais seus dentes. Esta
é a forma da nossa geração, com a qual lidamos.
Mas com o que está escrito e explicado
acima, entendereis que nesta panela a ferver podemos ter muitas esperanças
porque doravante, cada ensinado cujo coração anseie pela obra de Deus não
estará de todo entre aqueles que estão contentes com menos, uma vez que o seu
ponto de aspiração não emerge da ausência, mas do ponto de saciedade. Por esta
razão, todos aqueles que vêm para se apegar a Torá e Mitzvot não
se acomodarão com menos que serem os primeiros na geração, ou seja de na
realidade conhecer o seu Deus. Ele não desperdiçará sua energia na obra das
pessoas comuns de todo, mas somente dos escolhidos, verdadeira proximidade a
Deus, e saberá na sua mente que o Criador o escolheu.
Certamente, na nossa geração não
encontramos verdadeiros obreiros excepto nesses poucos escolhidos que já foram
dotados com uma alma Divina, uma parte de Deus no alto. É como o poeta
escreveu, “Meu joelho é puro, se prolongando de regatos de cisterna / o nome
daquele que vos escolhe, para caminhar perante Ele / etc., ...Vós estais
perante Ele como todos aqueles que se encontram perante Ele / que se aproximam
do Senhor. Meu joelho, conhecerás a vontade dos semelhantes / o nome de
conhecer vossa vontade, e pagar em cada momento.”
Mas aqueles que não alcançaram este honorável e exaltado mérito não têm amor ou temor de todo na obra. Isto assim não
foi nas anteriores gerações ou que se pareça, uma vez que os servos do Criador
não aspiraram a tamanho alto nível de todo, e cada um serviu o Criador como ele
entendia.
Com isso entendereis que a correcção na
realidade começou antes da recepção da Torá, na geração do deserto. É por isso
que houve um grande despertar nessa geração, “É nosso desejo ver nosso rei,”
como está escrito no Midrash (interpretação). Mas então eles
pecaram, ou seja se acomodaram com um mensageiro, dizendo, “Falarás para nós e
escutaremos, e não deixai que Deus nos fale caso contrário morreremos.”
Este é o sentido da quebra das tábuas e de
todos os exílios. Mas na geração do Messias, esta questão será corrigida porque
esse despertar retornará, e quando eles O alcançarem, não mais pecarão pois já
sofreram a dobrar por todos os seus pecados.
A desejada meta é nenhuma outra senão a
escolhida. Este é o sentido de “E eles não mais ensinarão cada homem seu próximo,
e cada homem seu irmão dizendo, ‘Conhecei o Senhor,’ pois todos eles Me
conhecerão, do menor ao maior entre eles.” Esta será a primeira condição para
todos aqueles que começarem a obra.
Minhas palavras não se relacionam a
aqueles que se acomodam a trabalhar e obrar para beneficiar as pessoas, e muito
menos para satisfazer suas desprezíveis vontades. Em vez disso, são para
aqueles que sentem que não é vantajoso trabalhar para pessoas, mas somente pelo
Criador.
Isto assim é porque há muitas facções no
dia do juízo: 1) satisfazer paixões materiais, 2) beneficiar pessoas, 3)
aprimorar seu próprio conhecimento, ou aquele dos outros. Mas todas estas são
forças de ocultação da face, pois elas nada são em comparação com o mérito do
Criador, é claro.
Alcançar uma Coisa Verdadeira
Há uma substância espiritual, sobre a qual
as letras da oração são cravadas. A substância o mais branco pergaminho branco. Ele é também chamado “fogo branco,” ou seja que é como
se essa cor branca viesse do fogo e se tornasse fogo, esmagando e assentando
com todo o seu poder.
As letras são centelhas de amor e temor. Isto
é, as deficiências de amor e temor são evidentes e sentidas. Este é o sentido
do fogo negro, uma vez que essa cor parece que é mais deficiente e afogada que
o resto das cores. Por esta razão, no princípio, essa era a vista.
Inicialmente, o pergaminho branco era
visto, que está suficientemente processado com poder e brancura. Este é o
sentido da coroa seu brilho em Assiyá. O sentido de Assiya é
o pergaminho, como em, “E o prepúcio ela não pedirá emprestado do seu próximo,”
em aquele que “se se uniu junto.” a divulgação da coroa é o amor verdadeiro
revelado, até a Duchra (macho) de Arich Anpin, e a
quebra é as letras de temor. Compreendei que este é verdadeiramente o livro dos
céus.
Sabei que isto é verdade de todos os
ângulos. Por esta razão, um homem não alcançará verdadeiramente alguma coisa da
qual ele não tenha carência, ou de que não seja verdadeiramente deficiente. Por
esta razão, qualquer realização que venha como um mero extra não é considerada
verdadeira realização, uma vez que ele não é deficiente sem ela. Assim, há
falsidade na obra, no esforço por ela como se por algo de que ele necessita
verdadeiramente.
É por isso que os ensinamentos externos são
falsa sabedoria. Isto é, o trabalho para a alcançar devem ser sob uma condição
completa, como se por algo que ele precise verdadeiramente e encontra. Mas
quando ele a encontrou e obteve, ele vê que não estava de todo deficiente sem
ela. Logo, é uma
mentira e falsidade.
Isto assim não é com a sabedoria de servir
o Criador. Pelo contrário, ele não sabe de todo como sentir sua ausência na sua
verdadeira forma. Somente quando ele a encontra e vê quão deficiente ele estava
sem ela. É por isto que esta é verdadeira realização de todos os ângulos.
É semelhante a aquele que paga por um
objecto o dobro do seu valor. Ele suspira porque seu amigo o enganou, e que
essa compra é falsa e fraudulenta, uma vez que a imaginação o enganava.
Mas a respeito das intenções, não é o
médico que deve ser questionado, mas o paciente, pois ele necessita da
santidade e pureza na obra do Criador, em prol de tencionar, e as intenções
serão preparações para sua alma para a instalação da santidade. Também, não
precisamos de questionar se a Torá é boa, ou se a moral é boa, ou se “em todos
vossos caminhos O conhecereis,” uma vez que o médico pode perguntar ao paciente
sobre tudo isso. Se ele não está em sofrimento então ele está certo do seu
curativo, então o paciente é aquele que sabe. Este é o sentido do que está
escrito em O Zohar: “Um homem não deve procurar onde não deve,” ou
seja que procurar não o faz sentir santidade e pureza.
Aceitar Nossos Sábios como Confiáveis Testemunhas
Há dois tipos de servidão, uma para a luz,
e outra para os Kelim (vasos), pois é impossível falar ou
compreender graus nas luzes, muito menos dizer que um será recompensado com
alguma luz, pois não há tal coisa como parte na espiritualidade, e “um voto que
foi ligeiramente quebrado está quebrado na sua totalidade.”
(Questiono-me com a mente actuante e o
ministro do mundo inteiro. Aquele que dá o poder do nascimento a uma semente de
adultério num adúltero, e um que doa edifiícios estatais sobre bases falsas e
fictícias.) Refiro-me a Aristóteles, que ordenou que fosse glorificado na sua
ascensão aos céus pela sua invenção e falsa base que foi suficiente como alvo
para as flechas da sua estreita mente, e para o esgotamento de todo o seu espírito.
Isto chegou até ele pois ele viu nos livros de Israel profunda sabedoria
construída sobre as bases de Cabalistas, e se comparou a si mesmo a eles como
um imitador, mostrando que seu mérito era o deles, enquanto mentia sobre si
mesmo. Fosse a profecia
verdadeira, ele estaria preparado para ela.
Mas nosso caminho não é o seu caminho, e
um Cabalista não deixa uma base falsa, como ele deixou suas bases. Em vez
disso, embora nossos sábios e seus ensinamentos nos tenham dado na Cabala, mas
nisso, eles são testemunhas confiáveis, oculares e nada mais. Em vez disso, eles
nos ensinam o modo como foram recompensados em serem testemunhas oculares. E quando
compreendermos, nossa sabedoria será como a deles, e compreenderemos uma
verdadeira e real base, sobre a qual se encontra um edifício glorioso e eterno.
A razão para esta conduta é que em todas
as coisas primeiro há a primeira substância e um primeiro conceito. A respeito
dos conceitos mundanos, que estão escondidos e imersos em descrições materiais,
alcançamos ao remover a forma, ou seja do primeiro conceito para o segundo
conceito, e assim por diante até ao desejável conceito. Por esta razão,
chegamos ao primeiro conceito muito facilmente, bem como com a mais pequena
parte.
Mas isto assim não é com o celestial. Pelo
contrário, o primeiro conceito é o mais difícil de alcançar. Ele é chamado de Nefesh de Assiya,
e quando adquirimos a forma de Nefesh de Assiya através
da Cabala, pois a realização é negada ao tolo a partir do celestial, mas através
da Cabala é possível, através dela aprendemos a sabedoria celestial. Nessa
altura teremos o direito de alcançar a base recebida como a natureza da coisa
que é alcançada, e será possível reconciliar o que é recebido pois é natural
com todos os conceitos.
Mas a base fictícia da sua sabedoria
ficticia não pode ser alcançada, pois “É suficiente chegar do juízo para para
ser como os julgados.” Logo, o edifício inteiro permanece como falso edifício
de eterna desgraça.
A Alma do
Prosélito
A dor que um orgão cortado sente é durante
o tempo de juízo, o tempo de cortar. Mas subsequentemente, toda a dor e deficiência
permanecem no corpo inteiro. Similarmente, um órgão sente prazer quando ele
está conectado a um novo corpo, mas subsequentemente, o prazer abandona-o como
se tivesse morrido e retorna ao resto do corpo. Isto explica o versiculo, “E
essa alma será cortada do seu povo,” indicando que qualquer dor e deficiência são
somente pelo público geral, como se ele tivesse sido separado do povo.
Simiarlmente, o prazer da alma do prosélito
é somente quando ele se conecta à nação inteira, a escolha dos amáveis. Mas quando ela se
conecta na totalidade, o prazer pessoal retorna ao todo.
É uma intimação ao que as pessoas dizem, “Um
homem velho e uma criança são iguais,” ou seja que aquele que começa na
sabedoria, e aquele que é complementado por ela, são iguais um ao outro,
excepto o preenchimento da sabedoria, que serve seu rei e não a si mesmo. Mas a
questão inteira está no entretanto, que é a obra da mete, inteiramente para si
mesmo e para sua própxia completude. Por exemplo: Os servos do rei, e os
distintos ministros do rei todos servem o rei. Não assim e quando eles aprendem
para sua própria completude: eles trabalham para si mesmos, como uma casa cheia
de textos de sabedoria e canções de louvor. E então quando caem nas mãos dos
devassos, eles só se ostentam com a matéria superficial que é revelada no
papel, e usam-a para suas necessidades desprezíveis ... perdendo um precioso
traço de si mesmos e do mundo inteiro devido ao mundanismo neles, incitando
desprezo e cólera.
O coração ainda dói mais quando sábios
vêem com seus próprios olhos os imundos que entram nas casas de sabedoria de
Israel, e levam sua matéria superficial das palavras, ou seja a beleza das
palavras, com a obra de suas mãos: alegorias vãs e hipócritas.
As ordens da sabedoria são estabelecidas
sobre as bases da verdadeira Cabala, alcançadas pelos conhecedores. A forma da
sabedoria é despida na obra de um artesão (e na minha visão se não fosse este
espelho não teriam a lata de fabricar bases de seus corações), edificando
esperteza sobre as bases da falsidade e desolação, como fizeram Aristóteles e
sua companhia no céu, e como ... fazem na corporalidade. Ainda tanto o mais com
aquele que divulgou imundice, a tornando alvos para suas flechas de estupidez,
para se ostentar perante os outros tão estupidos como ele mesmo. Eles não podem
ser perdoados.
Este é o exemplo evidente; nenhuma
deficiência no mundo é estabelecida na corporalidade de todo. Em vez disso,
toda a deficiência e completude são impressas na espiritualidade. Isto é, no
princípio da completude que será retratada no mundo, Ele não terá necessidade
de mudar qualquer incidente corpóreo, mas somente abençoar o espiritual. Por
exemplo, vemos que um homem assume grandes dores e solavancos no caminho para
canhar prosperidade, até ao tomar grandes riscos. Então, contra sua vontade, o
poder descritivo da esperança da fortuna o subjuga e transforma o mal em grande
bem, até que cada pedaço da sua alma ele coloca em risco pela suficiente
preparação.
Deste modo, não é assim tão longe de todo
se o Criador se aproxima, ou seja a recompensa pelo trabalho, tanto quanto um
puder. Ele não sentirá qualquer agonia ou dor no esforço.
Três Facções
A Torá é como um mundo inteiro, do qual
três facções desfrutam de maneiras diferentes. A primeira facção são as massas,
que não foram preparadas para fazer qualquer forma abstracta, a menos que não
tenham desejo por qualquer forma mas pela primeira substância de tudo o que preenche
o mudno, que vem directamente aos sentidos e à imaginação.
A segunda forma é aquele que foi preparado
para fazer a forma abstracta, e tomar e desfrutar de outra forma, próxima da
espiritualidade, que se encontra abaixo dela. Este é um deleite emocional,
intelectual, ou seja dos conceitos separados impressos nestas imagens materiais.
A terceira forma, para a terceira facção,
é aquele que foi preparado para adquirir formas gerais de conceitos separados
impressos tanto nas formas espirituais como corpóreas. Estes atam fio a fio, e
empurrão a empurrão pelo qual desceram até ao abismo e sobem aos céus. Esta
forma encontra-se após a abstracção da supramencionada segunda forma.
Similarmente, três completudes vêm da Torá
às supramencionadas facções. A primeira facção é completada com a primeira
matéria. A segunda facção é completada pela forma, e a terceira facção é
completada pela inclusão, que é abstrair uma forma de uma forma, e um fio de um
fio. Certamente, aquele que não favorece as pessoas mais que na materia,
certamente não será completado pela Torá mais que sua vontade e realizações. Foi
isto que Maimónides quis dizer, que um deve aprender a lógica antes da
sabedoria da verdade.
Contudo, da experiência sabemos e veremos
que há influência e poder indirectos na luz nela, que podem subitamente
levantar um acima da primeira facção até ao grau de um homem da terceira facção.
Sucede-se que aquele que trabalha para obter uma agulha, obtém uma casa cheia
de ouro e prata.
Este Mundo e o
Mundo Vindouro
Não há diferença entre este mundo e o
mundo vindouro, senão que um é temporario e o outro é eterno. Mas não há posse
neste mundo, ou no mundo vindouro, ou seja nenhuma matéria espiritual separada.
É claro, a medida que um tenha adquirido desta espécie no temporário
permanecerá sua no eterno. Esta é a visão dos plenos, e Maimónides, também, o
admite.
Contudo, isto não pode ser divulgado ao
público pois eles não escutarão, e não prestarão atenção à obra de deixar essa
pequena porção para sua crassa imaginação.
É como um artesão cuja audição não é
influenciada por qualquer som vulgar no mundo, senão com um grande barulho. Mas
se todos os músicos e cantores se juntarem eles forneceriam para sua audição
somente um crasso e ruidoso som, e especificamente desagradável.
Similarmente, é impossível falar ao
público sobre qualquer coisa espiritual excepto através de um alarido caótico. Palavras
de razão não os ajudarão pois suas almas não foram preparadas para desfrutar de
formas que se omntam sobre o materialismo. Assim, eles se apegam somente à
primeira imagem da criação que está próxima deles, sendo a densidade na
corporalidade. Por esta razão, palavras do mundo vindouro também necessitarão
que finas expressões sejam anexas a este tipo.
Deste modo, é proibido falar com eles da
forma intelectual na substância da eterna, pois a substância quebraria, eles
não alcançariam essa forma, e seriam negados de ambas. Por esta razão, farei
para eles uma composição especial, para fornecer uma descrição geral que é
próxima da verdade a respeito da forma do Jardim do Éden e Inferno. Posteriormente,
serei capaz de falar do remanescente da alma com os melhores entre eles.
Sucintamente falando, sabei que a forma
deste mundo é uma separada, espiritual, e não densa ou crassa, excepto em
relação aos corpóreos, mas não na forma do CRiador. Por esta razão, ele encontra
todas essas formas dentro dele.
Sucede-se que no fim da correcção,
precisamente a crassa matéria desaparecerá, e as formas separadas destas
imagens, tanto da realidade e da ordem da existência da realidade, tais como
comer e beber, todas permanecerão na eternidade, dado que nada se perde excepto
as matérias e suas bases.
Mas nas formas, não há perda. Elas não
sofrerão de todo da ruína da sua primeira matéria, que já fez a sua parte. E se
vós sois de verdadeira forma, é fácil compreender como retirar as formas dos
materiais imundos no mundo, tais como adultério, gula, e amor próprio, pois estas
formas permanecerão na espiritualidade na forma de uma mente separada.
Elas permecem em dois discernimentos: O
primeiro discernimento é toda a forma em direcção à consideração pessoal. O
segundo discernimento é toda a forma em direcção a um discernimento geral.
Estas formas são para sempre chamadas “carcassas
dos ímpios,” como está escrito, “E eles irão em diante, e olharão sobre as
carcassas dos homens que rebelaram contra Mim.” Disso podemos facilmente
compreender as formas da santidade. Esta
é a recompensa e punição, e isso é sentido pelo proprietário neste mundo,
também.
Mas após o despojar da forma
supramencionada, há outra abstracção, que é mais geral. Ela é chamada “o mundo
da reanimação,” e “Nem viu o olho,” ou seja que ate os profetas não se envolvem
n’Ele, mas cada um que compreende recebe de um sábio Cabalista.
Com isso compreendereis as palavras “Uma
transgressão não diminui as Mitzvot (correcção, boa acção),” uma
vez que o portador trás ambas as formas juntas para o mundo espiritual. Numa
ele se deleita, e na outra ele é julgado. Este é o sentido de, “O Criador não
nega a recompensa de qualquer criação.”
E o que Maimónides escreveu, que ha fé
somente após a descrição dos operados na alma de um, desejo dizer que isso é
pela virtude da dádiva Divina, como Ele discerniu a respeito da realização da
luz de uns dos outros. Isto não contradiz o que escrevi.
Aqui expliquei a completude que chega às
supramencionadas primeira e segunda facções. Mas no que diz respeito à terceira
facção, fiz implicações mas não expliquei.
Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), IN Frutos de Sabedoria