Somos todos como máquinas, operando e criando através de forças externas, que as forçam a agir desta maneira. Isto significa que nós estamos todos encarcerados na prisão da Providência, a qual, usando estas duas correntes, dor e prazer, nos empurra e puxa à sua vontade, para onde ela acha adequado.
Acontece que não há tal coisa como egoísmo no mundo, uma vez que ninguém aqui é livre ou se ponha de pé sobre seus próprios dois pés. Eu não sou o dono da acção, eu não sou o executante porque eu quero executar, mas é executado sobre mim, de uma maneira compulsiva, sem minha consciência.
Baal HaSulam, “A Liberdade”
Quando examinamos as acções de um individuo, as descobriremos compulsivas. Ele é compelido a realizá-las e não tem qualquer livre arbítrio. Num sentido, ele é como um guisado a cozinhar num forno; ele não tem qualquer escolha que não ser cozinhado. Mas ele deve cozinhar pois a Providência segurou a vida com duas correntes: dor e prazer. ...E quando tudo está dito e feito, não há diferença aqui entre homem e animal. E se este é o caso, não há livre arbítrio ou que se pareça, mas uma força de atracção, atraindo-os para qualquer prazer passageiro e rejeitando-os de circunstâncias dolorosas. E a Providência conduz-os a todo o lugar e ela escolhe por meios destas duas forças, sem lhes pedir sua opinião no assunto.
Além do mais, até determinando o tipo de prazer e beneficio estão inteiramente fora da sua próprio livre arbítrio, mas seguem a vontade de outros, como eles querem, e não ele. Por exemplo: Eu sento-me, Eu visto-me, Eu falo, e Eu como. Eu faço todos estes não porque eu me quero sentar dessa maneira, ou falar dessa maneira, ou vestir dessa maneira, ou comer dessa maneira, mas porque os outros querem que eu me sente, vista, fale, e coma dessa maneira. Tudo isso segue o desejo e a moda da sociedade, não minha própria livre vontade.
Além do mais, em maioria dos casos, eu faço todos estes contra minha vontade. Pois eu estaria muito mais confortável comportando-me simplesmente, sem qualquer fardo. Mas eu estou acorrentado com grilhões de ferro, em todos os meus movimentos, para os apetites e maneiras dos outros, que perfazem a sociedade.
Então diga-me você, onde está a minha livre vontade?
Baal HaSulam, “A Liberdade”
Uma pessoa sozinha ainda quererá comer, beber, dormir e assim por diante, até quando não há outras pessoas ao seu redor. Contudo, se há pessoas ao seu redor, há a questão da vergonha, onde os outros a obrigam. Então ele deve comer e dormir o que as outras pessoas ao seu redor a obrigam.
Isto é aparente principalmente no vestuário. Em casa, uma pessoa veste o que lhe é confortável. Mas quando ela está entre pessoas, ela deve se vestir de acordo com a maneira que os outros o vêem. Ela não tem escolha, dado que a vergonha a obriga a seguir suas modas.
Rabash, Rabash — os Escritos Sociais,
“Poderosa Rocha de Minha Salvação”
Agora você pode entender as palavras dos nossos sábios sobre o verso: "portanto, escolhe a vida". Afirma: "Eu dei-te instruções para escolheres a parte da vida, como quem diz ao seu filho: “Escolhe para ti uma boa parte na minha terra”. Ele coloca-o na parte boa e diz-lhe: “Escolhe isto para ti”". Está escrito sobre isto: "Ó Senhor, a porção da minha herança e a minha taça, Tu mantiveste o meu lote. Tu colocaste a minha mão sobre o destino bom e disseste: 'Toma isto para ti".
As palavras são aparentemente perplexas. O verso diz: " portanto escolhe a vida". Isto significa que uma pessoa escolhe por si. No entanto, eles dizem que Ele a coloca sobre a parte boa. Portanto, já não existirá escolha aqui? Além disso, eles dizem que o Criador coloca a mão sobre o destino bom. Isto é realmente desconcertante, porque se assim for, onde está então a escolha de um?
As palavras são aparentemente perplexas. O verso diz: " portanto escolhe a vida". Isto significa que uma pessoa escolhe por si. No entanto, eles dizem que Ele a coloca sobre a parte boa. Portanto, já não existirá escolha aqui? Além disso, eles dizem que o Criador coloca a mão sobre o destino bom. Isto é realmente desconcertante, porque se assim for, onde está então a escolha de um?
Baal HaSulam, “Introdução a O Estudo das Dez Sefirot,” 4
Agora você pode ver o verdadeiro significado das suas palavras. É verdade que o próprio Criador coloca a mão de uma pessoa sobre o destino bom, dando-lhe uma vida de prazer e satisfação dentro da vida corpórea que está cheia de tormentos e dor, e desprovida de conteúdo. Uma pessoa parte inevitavelmente e foge deles quando vê um lugar tranquilo, mesmo que aparentemente apareça no meio de rachas. Ele foge da sua vida, que é mais difícil do que a morte. Na verdade, não há melhor colocação da sua mão por Ele do que isto.
E a escolha de uma pessoa cinge-se apenas ao fortalecimento. Isto porque certamente ocorre aqui um grande esforço e empenho antes de uma pessoa purificar o corpo para ser capaz de cumprir correctamente a Torá e os Mitzvot, não para o seu próprio prazer, mas para trazer satisfação ao seu Criador, o que é chamado Lishmá (em Seu Nome). Somente desta forma é uma pessoa dotada com uma vida de felicidade e prazer, que acompanha o cumprimento da Torá.
No entanto, antes de uma pessoa chegar a essa purificação, existe certamente a opção de fortalecer no bom sentido, através de todos os tipos de meios e tácticas. Além disso, deve-se fazer tudo o que a mão tenha força para fazer até terminar o trabalho de purificação, e não cair sob o seu fardo a meio caminho.
E a escolha de uma pessoa cinge-se apenas ao fortalecimento. Isto porque certamente ocorre aqui um grande esforço e empenho antes de uma pessoa purificar o corpo para ser capaz de cumprir correctamente a Torá e os Mitzvot, não para o seu próprio prazer, mas para trazer satisfação ao seu Criador, o que é chamado Lishmá (em Seu Nome). Somente desta forma é uma pessoa dotada com uma vida de felicidade e prazer, que acompanha o cumprimento da Torá.
No entanto, antes de uma pessoa chegar a essa purificação, existe certamente a opção de fortalecer no bom sentido, através de todos os tipos de meios e tácticas. Além disso, deve-se fazer tudo o que a mão tenha força para fazer até terminar o trabalho de purificação, e não cair sob o seu fardo a meio caminho.
Baal HaSulam, “Introdução a O Estudo das Dez Sefirot,” Item 4
Todas as indecentes qualidades na nossa natureza, o Criador enraizou em nós e nos criou com toda a humildade.
Rabash, “Carta nº 29”