A única táctica é examinar o final da acção, ou seja, o propósito da Criação. Pois nada pode ser compreendido no meio do processo, mas somente no seu fim.
Baal HaSulam, “Introdução a O Livro do Zohar,” Item 4
O Criador é o Bem Absoluto. Ele olha por nós em completa benevolência sem uma migalha de mal, e em orientação propositada. Isso significa que Sua orientação nos obriga a atravessar uma série de fases, por meio de causa e efeito, precedendo e resultando, até que sejamos qualificados para receber a desejada bondade. E então chegaremos ao nosso propósito como um belo e maduro fruto.
Baal HaSulam, “A Essência da Religião e Seu Propósito”
Sua orientação sobre a realidade que Ele criou é na forma de Orientação propositada, sem tomar em consideração a ordem das fases de desenvolvimento, pois elas nos enganam e nos previnem de compreender seu propósito, sendo sempre opostas a sua forma final.
É sobre tais questões que dizemos, "Não há nenhum tão sábio como o experimentado." Somente aquele que experimentou tem a oportunidade de examinar a Criação em todas as suas fases de desenvolvimento, todo o caminho até à completude, e consegue acalmar as coisas, de modo a não temer essas imagens estragadas que a Criação atravessa nas fases do seu desenvolvimento, mas acreditar na fina e pura completude do seu amadurecimento.
Baal HaSulam, “A Essência da Religião e Seu Propósito”
As condutas de Sua Providência no nosso mundo, que é somente uma Orientação propositada. O atributo da bondade não está de todo presente antes que a Criação chegue à sua completude, ao seu amadurecimento final. Pelo contrário, em vez disso ela assume sempre a forma da corrupção aos olhos dos observadores.
Baal HaSulam, “A Essência da Religião e Seu Propósito”
A partir de todos os sistemas da Natureza que nos são apresentados, compreendemos que quaisquer seres dos quatro tipos — inanimado, vegetativo, animado e falante — como um todo e em particular, se encontram sob orientação propositada, ou seja um crescimento lento e gradual por meio de causa e efeito, como um fruto numa árvore, que é orientado com orientação favorável para finalmente se tornar um doce e belo fruto.
Vá perguntar a um botânico quantas fases o fruto atravessa desde o tempo em que se torna visível até que seja completamente maduro. Não só suas fases precedentes não demonstram evidências do seu doce e belo fim, mas como se para vexar, elas mostram o oposto ao resultado final.
Quanto mais doce o fruto no seu fim, mais amargo e desagradável é nas fases anteriores de seu desenvolvimento.
Baal HaSulam, “A Essência da Religião e Seu Propósito”
As condutas corruptas nos estados da humanidade são precisamente aquelas que geram os bons estados. E cada bom estado é senão o fruto do trabalho no mau estado que o precedeu. Certamente, estes valores de bom e mau não se referem ao valor do estado em si mesmo, mas ao propósito geral: cada estado que aproxima a humanidade da meta é considerado bom, e aquele que os desvia da meta é considerado mau.
Somente com esse padrão é a "lei do desenvolvimento" construída — a corrupção e maldade que aparecem num estado são consideradas a causa e o gerador do bom estado, para que cada estado dure somente tanto for suficiente para crescer o mal nele a tamanha medida que o público não o consiga mais suportar. Nessa altura, o público tem de se unir contra ele, o destruir, e se reorganizar num estado melhor para a correcção dessa geração.
E o novo estado, também, dura somente enquanto as centelhas de mal nele amadureçam e alcancem tal nível que não possam mais ser toleradas, nessa altura ele tem de ser destruído e um estado mais confortável é construído no seu lugar. E assim os estados se libertam um a um e grau após grau até que cheguem a tal estado corrigido que não hajam centelhas de mal.
Baal HaSulam, “A Paz”